sábado, 13 de abril de 2013

A arte chegou ao Colombo

 
Quem, em Liboa, tenha de fazer umas compras, nem que seja no supermercado, não deixe de passar pela Praça principal do Centro Comercial Colombo. Ali está patente uma exposição de Andy Wharol , intitulada “Andy Warhol – Icons” Psaier and the Factory Artworks, que reune 32 obras do artista e de Pietro Psaier  de quem, segundo um painel à entrada da mostra, pouco se sabe, podendo ser mesmo um heterónimo do artista ou alguém por quem ele se tenha interessado no atelier..





Serigrafias, desenhos e colagens, onde avultam os retratos de Marylin Monroe, Myck Jagger e Jimy Hendriks ou a célebre Campbell's Soup, podem ser vistos até 11 de Julho, nesta iniciativa, já em 3ª edição, sendo que em 2012 estiveram patentes uma exposição do Museu Nacional de Arte Antiga e outra da Colecção Berardo.

O Bairro dos Livros

Livraria Lumière, Porto


Parabéns para o Bairro dos Livros que faz 1 ano e para a Cláudia da Livraria Lumière que nos visita!:)

Um quadro por dia


Jan de Bray,  O impressor de Harlem Abraham Casteleyn e a sua mulher Margarieta van Bancken, 1663, óleo sobre tela, Rijksmuseum, Amsterdam.

Porque é Dia Mundial da Imprensa.

Cada cabeça, sua sentença

O provérbio português parece ter um correspondente francês nesta citação de La Fontaine, que faleceu há 318 anos:
«Autant de têtes, autant d’avis.»

Novidades



Já está nas livrarias, e temos de nos rir para não chorarmos...

No Porto


É hoje o primeiro aniversário do Bairro dos Livros, e as sessões de leitura começam no Café Progresso às 16h30, no Porto.  Programa aqui : www.bairrodoslivros.wordpress.com

Cleópatra estreou há 50 anos - 1

Capa da Life (13 apr. 1963) sobre a próxima estreia do filme Cleópatra, que terá lugar, em Nova Iorque a 12 jun. 1963.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Arte e Antiguidades na Cordoaria Nacional



É inaugurada no domingo, 14 de Abril, a Feira de Artes e Antiguidades 2013, que vai estar patente na Cordoaria Nacional até ao dia 21, durante a semana entre as 17h30 e as 23h30 e aos domingos, entre as 11h00 e as 20h00.



Para além de antiguidades, poder-se-á ver pintura e escultura, ourivesaria e automóveis de colecção. Alguns dos mais cotados antiquários estarão presentes e entre eles, Ricardo Hogan Antiguidades, Manuel Castilho,Ourivesaria Antiga de José Baptista, Manuel Murteira Antiguidades, Livraria Castro e Silva e Câmara dos Pares.

PENSAMENTO ( S )



Aproveitando o mote " salino " de ontem, aqui ficam palavras da antropóloga francesa Françoise Héritier :

(...) Há uma leveza, uma graça singular no puro e simples facto de existir, para lá de todos os compromissos profissionais, dos sentimentos intensos, das lutas políticas e humanas. (...) esse minúsculo não sei quê a que chamarei o sal da vida.

( no Expresso do passado sábado )

Lá fora : Giacometti em Grenoble


 - La Cage, bronze pintado, 1950.
- Tête d' homme sur socle, gesso pintado, 1949-51.


A primeira destas peças, La Cage, foi a primeira peça de Alberto Giacometti a ser comprada por um museu francês, o Musée de Grenoble em 1952. Esta obra emblemática  ocupa o lugar central nesta exposição organizada em colaboração com a Fondation Giacometti.

Espace, tête, figure, até 9 de Junho, no Musée de Grenoble, França.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A Filetta. [À espera da Primavera]

À espera da Primavera :( 
Alta de Coimbra

Ontem para além de Madame Butterfly  estive a ouvir no Mezzo este conjunto de vozes fabulosas: A Filetta.

A arte do retrato




Foi repórter de guerra, e foi dos primeiros a fotografar os campos da morte nazis, mas depois virou-se para o glamour e para as celebridades. Falo de Willy Rizzo ( 1928-2013 ), recentemente falecido, que nos deu estas imagens icónicas de Marlene e Marylin, Porfirio Rubirosa ou Brigitte Bardot entre tantas outras nas últimas décadas.

Humor pela manhã


Na morte de Lady Thatcher. Duvido muito é que tanto ela como Mitterrand estejam no Céu :)

Nova vinheta : A hora de Clarice



Pela exposição que está na Gulbenkian, mas também por um dos seus livros, Um Sopro de Vida, ser finalista do Prémio de Melhor Livro Traduzido nos EUA.

Jornais policopiados

Lisboa: Círculo de Leitores: Temas e Debates, 2013
€18,00

Este livro é um contributo fundamental para a história da imprensa clandestina em Portugal.
«O meu gosto pessoal por aquilo que no passado era conhecido como "erudição" levou-me a complicar o meu trabalho, até ao limite da incompletude e do erro. […]. Mas tal é útil para as bibliotecas, os centros de investigação, os arquivos, que pretendem salvar todo este material, muitas vezes raríssimo, e quase sempre perecível. Uma das minhas intenções foi ajudar essa conservação, fornecendo um inventário que permita aferir coleções, e circunscrever as faltas. […].» (Da nota prévia)
Espero bem que os particulares entreguem os seus policopiados a bibliotecas e centros de investigação e que estes os preservem e disponibilizem a quem os queira estudar. Senão, daqui a uns anos, nada disto restará.

Jornal trotsquista, do MCI (Movimento Comunista Internacionalista).
Jornal maoísta, da OCMLP (Organização Comunista Marxista-Lenista Portuguesa).
Bati muito stencil (aliás, aprendi a escrever à máquina a 'bater' stencils), dei muito ao policopiador, neste modelo e noutros mais antigos. Não quero que tempos semelhantes voltem, mas foram uns bons anos. :)


E agora, Pacheco Pereira, para quando o 4.º volume da magnífica biografia de Cunhal? Será que vai sair neste ano do centenário?

Bom dia !


Do novo álbum do luso-iraniano Mazgani.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Um cristal de sal

Um cristal de sal.... no Museu do Sal, Figueira da Foz
Fotografias de Alexandre Sampaio

(um cristal de sal)... é um sopro de vento, é um pedaço do mar, é um átomo de sol, é uma lágrima, é uma gota de suor. É, por isso, Água, Terra, Fogo e Ar e também trabalho, muito trabalho; é tudo e é apenas um pequeno cristal de sal....

Cubismo no MET de Nova Iorque


"Vive la France" (1941-1915), de Picasso


O milionário Leonard A. Lauder, chairman emérito da Estée Lauder, grande e famosa empresa de cosméticos, depositou no Metropolitan Museum de Nova Iorque 78 obras  cubistas de Picasso, Braque, Gris e Leger, avaliadas em 1100 milhões de dólares.
 
                                                      "Notre avenir est dans l’air" (1912), de Picasso
 
                                            "Les maisons sous les arbres" (1913), de Ferdinand Léger
 
Coleccionador de Arte, Lauder disse que “escolhi o Met como forma de partilhar esta colecção porque sinto que é essencial que o cubismo – e a arte que lhe sucede – seja visto e estudado no âmbito das colecções de um dos melhores museus enciclopédicos do mundo”. A nova colecção estará visitável a partir de Outubro de 2014.
 
                                        
"Le Violin Mozart Kubelick" (1912) de Georges Braque

Leituras no Metro - 129



Continuo com  os Cadernos italianos de Eduardo Pitta (Lisboa: Tinta da China, 2013), desta vez em Roma.
«Quem nunca foi a Roma não tem a noção do cochicho em que está metida a Fontana di Trevi.
«O local é infrequentável, com milhares de basbaques fotografando e deglutindo triângulos de pizza. Percebo o fascínio: a espectacular cenografia em pedra criada em 1762 por Nicola Salvi e a lembrança de Anita Ekberg em La Dolce Vita (1960, Fellini) são argumentos fortes.» (p. 71)
Concordo com Eduardo Pitta: quando cheguei à Fontana di Trevi e a vi entalada entre prédios... Mas também fiz parte dos basbaques, embora sem triângulo de pizza. :)


«O Giolitti tem fama de ter os melhores [gelados], embora eu prefira os da Pergola, no Hotel Cavalieri Hilton, vendo Roma do alto da colina.
«Em todo o caso, os Babás do Giolitti são imperdíveis.» (p. 88)
Não conheço os da Pergola, mas os do Giolitti são maravilhosos. Para a próxima, experimentarei os Babás. Esero que saibam bastante a rum.


«Falando de museus, Roma não tem o fascínio de Nova Iorque, Londres, Paris e Madrid, talvez porque Roma seja um museu a céu aberto. A gente tropeça numa pedra e dá com Rafael, Caravaggio, Piero della Francesca. [...] Certa noite, no Café della Pace uma americana comentou: Para quê museus, com estes homens todos! A senhora ia no terceiro Campari. Mas tinha razão. Os romanos são muito belos.» (p. 90)
Não comento, nem as considerações sobre os museus, nem os homens. :)


«Valha-nos a delicada Villa Farnesina, no Trastevere, casa-museu que é um prodígio de bom gosto: Rafael em todo o seu esplendor, jardins luminosos, turistas tranquilos (e bem lavados). Tão secreta a Farnesina que até o turista a desconhece.» (p. 91)
Maravilhosa esta Fanesina, aqui referida há dias. Mas eu gosto (e muito) de Trastevere: tem ruas lindas, restaurantes simpáticos, Santa Cecília, San Francesco a Ripa...


«Descoberta grata foi o Palazzo Dora Pamphilj [...]. O pátio interior, muito fresco, antecede a deslumbrante galeria Brueghel, Caravaggio, Correggio, Ticiano, Lotto, Bernini, Poussin, Veslásquez e outros. Uns marmanjos teutónicos, vestidos como se tivessem passado o dia em Ostia, roçavam-se sem pudor pelas tapeçarias Gobelin. A biblioteca estava repleta do que pareciam ser investigadores. Não vimos a capela nem o teatro privado que a família Pamphilj mandou constuir e a rainha Cristina da Suécia inaugurou em 1684.» (p. 96)
Um palácio com um acervo fantástico. Mas precisava de uma intervenção na iluminação e no método expositivo, já que certas obras (como algumas de Caravaggio) não se conseguem ver. Estão lá, mas não as conseguimos apreciar de tão altas ou mal iluminadas. 

terça-feira, 9 de abril de 2013

9 de Abril de 1918


7500 vítimas entre mortos, feridos, prisioneiros e desaparecidos : o maior desastre militar português desde Alcácer-Quibir, nesta desgraçada batalha da I Guerra Mundial em terras da Flandres.

Verdi por Domingo


Devem ser poucos actualmente aqueles que se podem gabar de cantar Verdi há 40 anos, um deles e seguramente o mais conhecido é Placido Domingo, cujas melhores gravações são agora apresentadas em cd duplo da Deutsche Grammophon aproveitando a boleia do bicentenário verdiano...

Leituras no Metro - 128


«Partimos em demanda do Ca' Rezzonico. 
«Infelizmene quando lá chegamos [...] vemos que está fechado. [...]
«O Ca' Rezzonico acolhe o melhor do Settecento veneziano. Gostaria de ter visto Pulcinella e os Acrobatas de Tiepolo, bem como os frescos que pintou para a Sala della Alegoria Nuziale. Os rinocerontes e as  famílias patrícias de Pietro Longhi. O salão de baile desenhado por Massari [...]
«O edifício é muito belo e tem uma história rocambolesca. Encomendado a Baldassare Longhena (o arquitecto de Santa Maria della Salute) pela família Bon, começou a se construído em 1649, tendo as obras sido interrompidas em 1667 por dissipação de fundos. Em 1712 [...], a família Rezzonico, um influente clã de mercadores e banqueiros, empenhou parte significativa da sua imensa fortuna na conclusão (ocorrida em 1750) e decoração do futuro palazzo. Em 1782, em trãnsito para Viena, o Papa Pio IV foi um dos locatários ocasionais. Mas as peripécias não acabam aqui. Em 1888 [...] o novo inquilino é um poeta, o inglês Robert Browning [...]. 
«Cedo a música de Galuppi começou a ecoar na sua obra, compondo Dramatic Lyrics (1842) com inequívoca e pregnante eloquência [...].
«Browning sentia-se bem no Rezzonico, mas morreu de bronquite em 1889, menos de um ano depis da mudança. A Toccata of Galuppi's [...] é uma tocante homenagem à cidade onde foi feliz.» 
Eduardo Pitta - Cadernos italianos. Lisboa: Tinta da China, 2013, p. 45-47


ONDE ME APETECIA ESTAR


Estaria bem por estes dias no pequeno Principado do Mónaco, para assistir até domingo a mais um Printemps des arts, com uma homenagem a Bela Bartok, danças cambojanas, Stravinsky encenado por Gergiev, a habitual Filarmónica de Monte-Carlo e até mesmo a única orquestra sinfónica de África, a de Kinshasa. E com preços razoáveis : de €9,50 a €48. Mais info : www.printempsdesarts.mc

Bom dia !

Do novo álbum, Happy Mistake, deste italiano genial.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Boa noite!

Carmen McRae faria hoje 93 anos.

"Depois da beleza"

O que ando a ler e que recomendo vivamente: "Quando eu era uma obra de arte" de Eric-Emmanuel Schmitt.
Schmitt é de origem belga, doutorou-se em Filosofia na École Normale Supérieure, em Paris.

Evidentemente. Depois da beleza, deve escolher-se a fealdade. Sem hesitar. Se o feio não atrai imediatamente, faz-se notar, suscita comentários, põe termo à obscuridade, esvai o anonimato, abre a estrada - que digo? - a auto-estrada! O feio só pode progredir. Surpreenderá constantemente. Mostrar-se-à tanto mais sedutor porquanto é menos cativante. Falará tanto melhor porquanto perde assim que se cala. Será mais audacioso, rápido, amoroso, lisonjeador, inebriante, generoso, em suma, numa palavra: mais eficaz. 

Eric-Emmanuel Schmitt, Quando eu era uma obra de arte. Porto: Ambar, 2003, p.26. (tradução de Carlos Correia Monteiro de Oliveira).


David de Michelangelo Buonarroti, Galleria dell'Accademia, Florença 
(cortesia do Google e Wikipedia)