sábado, 27 de agosto de 2016

Os meus franceses - 480

Esta canção, composta em 1904 por Féraudy e Marchetti, é conhecida mundialmente numa versão inglesa de Nat King Cole.
Parabéns a Léo Marjane que faz hoje 104 anos.

Marcadores de livros - 452

Desconheço este «autor bestseller». Mas vou já investigar. :)


Para quem é possível que esteja Para lá de Bagdad. Talvez a sonhar no país das mil e uma noites. :)

O que se ouve na televisão...

A SIC está a repor a série Até amanhã camaradas, adaptação ao cinema por Joaquim Leitão do romance de Manuel Tiago. Pois a SIC anuncia-a assim: «adaptada do romance de Manuel Tiago, também conhecido como Álvaro Cunhal». Efetivamente Manuel Tiago é o pseudónimo com que Cunhal assinou a sua obra literária. Um pseudónimo, minha senhora! Que mais nos irá acontecer?!, como dizia (penso que) Agildo Ribeiro.

Vista para o Lago Starnberg

Edward Cucuel - Vista para o Lago Starnberg, ca 1920-3190

Marcadores de livros - 451

Verso e reverso.

Esta livraria do Porto tem agora uma delegação em Lisboa: Telheiras, na Praça Central.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Baba au rhum

Há dias, o Luís falou aqui da exposição «Roi Stanislas, duc de Lorraine: roi jardinier, roi gourmand». Tenho andado à caça de informações sobre esta mostra, mas sem grande sucesso. Mas fiquei a saber que o rei da Polónia foi o inventor do meu amado Baba au rhum. Tendo achado o kougelhopf muito seco, pediu que lho regassem com Tokay, depois substituído (e bem!) por rum.

https://www.atelierdeschefs.fr/fr/recette/4784-baba-au-rhum.php
http://arctic-revenge.tumblr.com/post/76120028023/french-pastries-and-dessert-part-two-part

Este deve ser bom, com esta injeção de rum. :)

Pacotes de açúcar - 133

Dias Medievais de Castro Marim, 2014 e 2015.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Parabéns, Maria Franco!

Para Maria Franco que fez anos ontem. Com um pedido de desculpas pelo atraso.

 
Esta canção foi composta por Misraki no seu seu exílio brasileiro, em 1941. Renée Lebas foi quem  primeiro a cantou, mas é-nos familiar na voz de Yves Montand.

«A Menina da Rádio»



Há cerca de um mês vi este livro na Barata e ofereci-o à minha mãe que gostava de Maria Egénia.
«Maria Eugénia, nascida a 1 de Abril de 1927, foi actriz e cançonetista. Aos dezasseis anos, sem nunca ter representado nem cantado em público, protagonizou a primeira de seis longas metragens que viriam a constituir a sua vida artística, breve mas intensa: A Menina da Rádio e O Leão da Estrela, dois êxitos da longa carreira de Artur Duarte, que estão entre os clássicos mais amados do cinema português. Entre o inverno de 1944 e o verão de 1947, Maria Eugénia protagonizou seis produções portuguesas, espanholas, e hispano-italianas. Foi quinze vezes capa de revista, e atuou em numerosos espectáculos em Portugal e em Espanha. Na memória de todos ficariam temas como "Sonho de Amor", "O Nosso Bairro" e "Sonhar...", que a sua voz celebrizou. Em 1947, foi convidada para filmar em Itália com Vittorio de Sica. Pouco tempo antes, Amedeo Nazzari tinha-lhe proposto casamento; duas ofertas que Maria Eugénia recusou. No mesmo ano, viria a abandonar o sonho do cinema pelo seu sonho de amor, num tempo em que os dois destinos teriam sido dificilmente conciliáveis.Para a História do cinema português, ficaria uma época em que a indústria cinematográfica tinha como principal recurso o talento dos atores e dos técnicos e como principal alimento um grande público de admiradores dentro e fora do país; mas pouco orçamento, pouco tempo, nenhuns subsídios. Maria Eugénia, com a ajuda da irmã, Maria Antonieta, reuniu um arquivo de documentos que ilustram uma época e um meio artístico desaparecidos, a que este livro regressa.»

Maria Eugénia Pinto do Amaral faleceu hoje.

Marcadores de livros - 450

Um prosimetronista ofereceu-me este marcador para ser o n.º 450. Acho que merece esse destaque, e aqui fica com um agradecimento.


Auto-retrato(s) - 243

Pietro Perugino - Autorretrato

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Das Baleares: Para abrir o apetite

À esquerda na foto o Palácio da Almudaina , e à direita a Catedral de Maiorca

Com a seguintes mensagem dos nossos viajantes prosimetronistas:
«Por aqui andaram romanos , árabes etc . E esta água quente mediterrânica é o céu: água a vinte e dois graus é como uma piscina aquecida :)»


Boas férias!

Eu não evoluo, viajo

José Escada - 25 de Abril, 1974. 
Óleo sobre tela.
Col. particular.

A Gulbenkian apresenta a primeira exposição retrospetiva dedicada ao pintor José Escada, dando a conhecer um artista que desenvolveu uma obra singular, num vai e vem constante entre abstração e figuração, e que atravessa a pintura, o desenho, as colagens e os relevos recortados, a ilustração e a realização de murais, pintados e esgrafitados. 
José Escada inicia o seu percurso artístico em meados da década de 1950, um começo muito prometedor e ativo, que é igualmente marcado por colaborações com arquitetos, muitas no contexto do Movimento de Renovação da Arte Religiosa (MRAR), e pela colaboração em revistas e jornais, quer como ilustrador, quer através de uma interessante produção de textos críticos sobre a arte contemporânea e o ensino artístico em Portugal. 
Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris, entre 1960 e 1961, Escada intensifica naquela cidade as suas pesquisas em torno da abstração, confirmando ainda a sua ação no contexto do grupo KWY, com os portugueses René Bértholo e Lourdes Castro, António Costa Pinheiro, Gonçalo Duarte, João Vieira e os internacionais Christo e Jan Voss. 
O período parisiense, que se prolongará até 1971, a maior e mais ativa fase criativa do artista, será ainda o palco para a criação de uma figuração densa e complexa, de figura recortada, que o levará até aos recortes e às colagens tridimensionais, algumas de gosto Pop. Os anos de 1970 ficarão ligados à intensificação de uma pesquisa em torno da representação do corpo – acometido, oprimido e, por fim, libertado –, um corpo político que faz corpo com a história de um País que, em 1974, se liberta de um regime ditatorial. 
Já no fim da década, nas vésperas da sua morte prematura, a obra de José Escada tenderá a centrar-se em trabalhos mais figurativos e autobiográficos, verdadeiros testemunhos de uma condição simultaneamente trágica e poética do homem e da sua obra.
(Do site da Gulbenkian)

José Escada - Sem título [Nossa senhora e menino], 1956. 
Colagem, recorte e guache sobre papel e platex. 
Lisboa, col. particular.

José Escada - Sem título, 1965. 
Tinta-da-china, aguarela e guache sobre papel. 
MCG-CM, inv. DP1066.

José Escada desenhou, em 1958, o símbolo e arranjo gráfico para a capa da coleção Círculo de Poesia, da Morais Editora.

Capa e il. para o livro de Sophia. Lisboa: Ática, 1975.


A exposição pode ser vista até 31 de outubro. Não percam!

Vejam este documentário da RTP:

24 de Agosto de 1820

Dentro de quatro anos vamos ter grandes celebrações. :)

Para Jad.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Ausência

Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num País sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

Sophia de Mello Breyner Andersen

Segredo

Aqui está a razão da viagem de dois prosimetronistas às Baleares. Soube de fonte segura. 


À hora do lanche

http://camipao.com/portfolio/jesuita/

Sai um jesuíta para A. H. de O. M., que os apreciava. Eu também, mas destes com esta capa de açúcar e canela. Agora vendem para aí umas contrafações muito mal amanhadas.

Retrato de Jovem Cavaleiro

 

Retrato de Jovem Cavaleiro 
(Lisboa, Museu Nacional de Arte Antiga, inv. 1230 Pint)
 
Passam 83 anos sobre a data em que nasceu o Historiador A. H. de Oliveira Marques (1933-2007).
 
Este quadro fez parte do seu imaginário. O seu sorriso enigmático esconde, também, vários segredos.
 
Não se sabe quem o pintou, não se sabe quem representa, só existe uma certeza: alguém entre 1540-1560.
 
Oliveira Marques dizia - um pouco a sério e um pouco a brincar - que era o retrato do outro João.
 
E, assim, poderá ser a imagem do pai de D. Sebastião... ou a de Juan de Áustria (o vencedor de Lepanto). Existem mais nomes aventados, para o retratado: Condestável D. Duarte ou Alexandre Farnésio, duque de Parma.

Marcadores de livros - 449

Em cima: verso e reverso de um marcador (a verdade é que não sei qual é um e outro); em baixo: um postal.

E mais dois marcadores: uma vista da cidade e um pormenor da Sinagoga.

Para Justa, que esteve em Toledo.

Hans Süß von Kulmbach - Mädchen macht einen Kranz

 
Miosótis para um gato 
 
ICH PINT MIT, VERGIS MEIN NIT
 
 
A jovem coloca pequenas "flores do não esquecimento" numa coroa... a melancolia trespassa no seu rosto - recorda o passado, olha para o presente, constrói o futuro?
Não sabemos, por vezes o futuro é passado e o passado é futuro. Uma coroa: a roda da vida!
 
O quadro está no MET, em Nova York. E passam 36 anos sobre a primeira vez que olhei para ele. Está no verso de um outro quadro, o de um jovem. Será ele o recordado?
 
 
Portrait of a Young Man; (reverse) Girl Making a Garland
Hans Süss von Kulmbach (German, Kulmbach ca. 1480–1522 Nuremberg)
USA, NY, The Metropolitan Museum of Art
 


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Boa noite!

Aos anos que não ouvia Luis Eduardo Aute. 

Federico

No passado dia 18 de Agosto passaram 80 anos sobre o miserável assassinato de Federico Garcia Lorca, grande poeta, grande dramaturgo, grande figura da cultura de Espanha do século XX. Morto pelo ódio à liberdade.




Túmulo de Lorca

Em ti choramos os outros mortos todos
Os que foram fuzilados em vigílias sem data
Os que se perdem sem nome na sombra das cadeias
Tão ignorados que nem sequer podemos
Perguntar por eles imaginar seu rosto
Choramos sem consolação aqueles que sucumbem
Entre os cornos da raiva sob o peso da força.

Não podemos aceitar. O teu sangue não seca
Não repousamos em paz na tua morte
A hora da tua morte continua próxima e veemente
E a terra onde abriram a tua sepultura
É semelhante à ferida que não fecha

O teu sangue não encontrou nem foz nem saída
De Norte a Sul de Leste a Oeste
Estamos vivendo afogados no teu sangue
A lisa cal de cada muro branco
Escreve que tu foste assassinado

Não podemos aceitar. O processo não cessa
Pois nem tu foste poupado à patada da besta
A noite não pode beber nossa tristeza
E por mais que te escondam não ficas sepultado.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Jardins - 35

 
Gosto muito do modo como Joana Vasconcelos arranjou este pequeno jardim do Palácio Pimenta com peças da fábrica Bordalo Pinheiro.
A Raposa e a Cegonha 
A raposa e as Uvas? Não me parece porque aqui não há uvas. :)
Estes pratos estão semeados nos muros do jardim.