Este CD é muito bom. Foi um presente de Natal que veio do Brasil. e que tenho ouvido frequentemente.
sábado, 10 de março de 2018
Marcadores de livros - 996
Sintra: Feitoria dos Livros, 2015
Vinte dias na Rússia é o relato da viagem que Zófimo Consiglieri Pedrozo fez à Rússia em 1896. Esta descrição da cidade de São Petersburgo, da história e da vida política russa de então saiu inicialmente na revista Serões. Consiglieri Pedroso era muito interessado pela literatura russa, o que o levou a aprender russo.
sexta-feira, 9 de março de 2018
Rigoletto, Duque de Mântua e Tomás Alcaide
Foi a 11 de março de 1851 que se estreou a ópera Rigoletto
de Verdi, no Teatro La Fenice, de Veneza. No mês em que uma das mais famosas óperas
subiu ao palco pela primeira vez, vale a pena recordar Tomás Alcaide, cujo
portfólio inclui a interpretação do mulherengo Duque de Mântua nesta obra de
Verdi.
O traje (constituído por oito peças) para o duque utilizado pelo tenor português numa das suas interpretações pertence
à coleção do Museu do Traje.
Mary Cassatt: Une impressionniste américaine à Paris
Mary Cassatt foi considerada no seu tempo como a maior artista americana, mas ela viveu mais de 60 anos em França. Foi a única artista americano que expôs com os impressionistas em Paris, depois de Degas ter reparado nela no Salon de 1874.
Descendente de uma família de banqueiros americanos de ascendência francesa, Mary Cassatt passou alguns anos da sua infância em França, tendo estudado na Academia de Belas Artes da Pensilvânia, antes de se instalar definituvamente em Paris. Como Berthe Morisot, Mary Cassatt sobressai na arte do retrato e tem a sua maior inspiração nos membros da sua família que retrata no quotidiano íntimo.
No Museu Jacquemart-André estão expostas até 23 de julho cerca de 50 obras de Mary Cassatt, entre óleos, pastéis, desenhos e gravuras.
Mary Cassatt - Cuidados maternais, ca 1891
Lisboa, Museu Gulbenkian
Marcadores de livros - 995
Dois blocos de marcadores com o calendário de 2018. Ao lado os padrões correspondentes a cada mês. Vieram de Marselha.
quinta-feira, 8 de março de 2018
Sorolla e a moda
O Museo Thyssen-Bornemisza organizou em colaboração com o Museo Sorolla, uma exposição que analisa a influência da moda na obra de Joaquín Sorolla. A exposição desenrola-se nos dois museus madrilenos. Comisariada por Eloy Martínez de la Pera, a mostra reúne cerca de 70 pinturas, procedentes de museus e coleções particulares, algumas das quais nunca tinham sido expostas publicamente, assim como acessórios e vestidos da época.
Grande apaixonado pela moda, Sorolla é o cronista perfeito das mudanças na tendência e no estilo da indumentaria de finais do século XIX a princípios do século XX.
La exposição que pode ser vista até 27 de maio dedica especial atenção aos retratos femininos que o pintor realizou entre 1890 e 1920.
Elena vestida con túnica amarilla, 1909
quarta-feira, 7 de março de 2018
Parabéns, MR!
Parabéns, MR! Que o dia esteja a correr bem , pese embora a
invernia matutina e vespertina deste marçagão!
Esta imagem tem muitos elementos que me recordam de si. O
lugar, a letra, a erva e até, não fora rei ;), o próprio titular desta empresa
e as suas inclinações.
Um ano feliz!
Parabéns, MR!
Para a nossa aniversariante, uma "édition spéciale" da Cailler suíça. Um óptimo dia, muitos parabéns!
Lá fora - 327
Uma das instituições menos conhecidas de Paris, apesar do seu acervo ( reunido pelo coleccionador holandês Frits Lugt ) fazer a inveja de muitos museus pelo mundo fora, e neste momento uma das exposições patentes é dedicada ao grande paisagista Georges Michel .
Um quadro por dia - 401
10 anos de aniversários já limitam um pouco as escolhas, espero que esta Festa de Aniversário do Fernando Botero ainda não tenha aparecido por aqui . Para a nossa M.R. , pois claro ! PARABÉNS !
Tintoretto: nascimento de um génio
Por ocasião dos 500 anos do nascimento de Tintoretto, um dos pintores mais fascinantes do Renascimento veneziano, abre hoje uma exposição no Museu do Luxemburgo (em Paris).
A exposição centra-se nos primeiros quinze anos da sua carreira, período decisivo para se entender como ela foi construída.
As obras expostas refletem a diversidade do trabalho de Tintoretto, um jovem ambicioso, filho de um tintureiro, mergulhado na tradição veneziana, mas aberto às muitas novidades vindas do resto da Itália.
terça-feira, 6 de março de 2018
Boa noite!
«Une Marie Laurencin pour l’oreille», era deste modo que Jean Cocteau falava de Germaine Tailleferre. Única mulher do Groupe des Six (Georges Auric, Louis Durey, Arthur Honegger, Francis Poulenc e Germaine Tailleferre), foi uma das primeiras mulheres a impor-se como compositora.
Jacques-Émile Blanche - Grupo dos Seis, 1922
Leituras no Metro - 966
O primeiro já andou por aqui.
Paris: Arléa, 2012
«Allez à Marseille. Marseille vous répondra.
«Cette ville est une leçon. L'indifférence coupable des contemporains ne la désarme pas. Attentive, elle écoute la voix du vaste monde et, forte de son expérience, elle engage, en notre nom, la conversation avec la terre entière.
«Un oriflmme claquant au vent sur l'infini de l'horizon, voilà Marseille». (p. 92-92)
Paris: Mercure de France, 2016
Um dos melhores livros desta coleção que li: textos bem selecionados e apresentados por Jean-Michel Décimo.
«J'ai été ravi d'un petit courant d'air frais que j'ai truvé sur la Canabière [...]. C'est la principale rue de Marseille ; elle est plus large que la rue de la Paix (à Paris) et conduit du cours au port que l'on aperçoit de là dans toute sa largeur. Toutes les rues, au levant et au midi de la Cannebière, sont tirés au cordeau et admirables avec les trottoirs des deux cotés, etc.» (p. 37)
Stendhal - Voyage dans le midi de la France
Em Train de nuit de Simenon (ainda SIM) aparece um primeiro comissário Maigret que persegue um soldado que desce em Marselha de um comboio onde aconteceu um assassinato.
Em La fuite de Monsieur Monde, também de Simenon, o protagonista foge para Marselha.
segunda-feira, 5 de março de 2018
A partir de hoje na BNP
A história das editoras cartoneras – termo proveniente do espanhol cartón (cartão) – começa com um certa tonalidade de fábula trágica. Um país do hemisfério sul mergulhado em mais uma das suas crises cíclicas: eis o contexto histórico do qual emerge a primeira editora cartonera do mundo.
Conta-se que no início deste milénio, o escritor Washington Cucurto e o artista plástico Javier Barilaro tinham a intenção de criar na Argentina uma editora, mas como não tinham recursos para tal – as contas bancárias estavam congeladas – tiveram a ideia de fazer, por «brincadeira», um livrinho com textos fotocopiados e com capas de cartão. Daqui surge, em 2003, a hoje histórica Eloísa Cartonera.
Fundada como cooperativa no bairro de Boca, na capital argentina, as suas publicações distinguiam-se pelo aspeto artesanal, mesmo rudimentar, pois o objetivo primordial era colocar em circulação, a baixo custo, textos da literatura latino-americana, tornando o livro um objeto acessível para um vasto público leitor, sobretudo para os setores da população que têm permanecido à margem da cultura letrada.
A partir da experiência da Eloísa Cartonera, na Argentina, começam a surgir outras editoras similares: a Sarita Cartonera, no Peru, a Animita Cartonera, no Chile, a La Cartonera Cuernavaca, no México, a Yerba Mala, na Bolívia, a Dulcineia Catadora, no Brasil...
As editoras cartoneras são independentes e não têm vínculos ou apoios institucionais, o que lhes dá total autonomia para traçar a sua própria linha editorial: definir critérios de publicação, livros a produzir, tiragens, retribuição aos autores, espaços de circulação e venda, política de preços, mecanismos de divulgação, parcerias com outras editoras.
A originalidade do livro cartonero reside, em boa medida, no cartão, suporte utilizado para a elaboração das capas, e na intervenção plástica que nelas se opera, usando diferentes técnicas, o que lhes confere uma certa «aura», pois cada exemplar é único e singular.
Saliente-se também o forte cariz coletivo do «fazer cartonero», em cujas etapas – seleção dos textos a publicar, negociação do cartão, paginação e impressão os textos, corte e ilustração das capas, cosedura e colagem dos «miolos», realização de lançamentos e vendas – participam os elementos que integram a estrutura e um grupo variável de colaboradores externos.
Acrescente-se ainda que diversas editoras cartoneras optam também por realizar oficinas para promover a leitura, algumas vezes de forma articulada com a escrita, e ensinar os métodos de fabrico do livro cartonero. Os públicos são variados: crianças e jovens, moradores de bairros sociais, utentes de centros comunitários, grupos de idosos, e até presos em cadeias ou centros de reclusão. Com essas oficinas procura-se desmitificar o exercício da palavra escrita, visto como exclusivo de certos setores sociais, e o livro como objeto sofisticado e distante. Muitas cartoneras contam, aliás, nos seus catálogos com títulos que apresentam os textos que emanam dessas oficinas.
Porém, se o traço de rusticidade marca o primeiro projeto cartonero, regista-se um cada vez maior cuidado com a proposta plástica do livro por parte de muitas editoras cartoneras.
Esta exposição constitui, assim, uma pequena amostra do heterogéneo universo dos livros cartoneros e nela o visitante poderá observar o que editoras de diversos países da América Latina e da Europa publicam. O espírito que a guia é o de permitir que o público português conheça a proposta editorial que nasceu da precariedade e hoje se espalha pelo mundo.
A mostra é comissariada por Fernando Villarraga-Eslava, da editora Vento Norte Cartonero, e pelo editor Vasco Silva.
(Do site da BNP.)