E a (muito boa) escolha da Maria:
sábado, 22 de maio de 2021
Leituras no Metro - 1074
Porto: Civilização, 2009
Por sugestão da Maria, li Uma espera em vão, um romance do paquistanês Nadeem Aslam, que faz um retrato do Afeganistão, através de várias gerações. Gostei do livro, só é pena a tradução ser fraca.
«Ela [Lara] empurra o espelho ao longo do chão como se fosse visitar outra secção da biblioteca.
«Os livros estão todos lá em cima [...]. Às vezes um deles cai por si pois o seu suporte enfraqueceu, ou pode-se fazer cair quando se quiser com o bater certeiro de uma vara de bambu.» (p. 15)
«Há alguns anos, quando os talibãs podiam ter invadido a qualquer momento a casa, a mulher de Marcus tinha pregado os livros nos tetos destes quartos e corredores. O pensamento original era heresia para os talibãs e eles teriam queimado os livros. E esta foi a única maneira que a mulher encontrou [...] para os salvar, para os por fora de perigo.» (p. 20)
Pintura de Bihzad (ou Behzad) - Timur concede audiência por ocasião de sua ascensão.
«O livro grande com os desenhos de Bihzad precisou de três pregos para ficar bem preso no teto. Foi preciso fazer-lhe esssa brutalidade para evitar que as pinturas fossem reduzidas a cinzas...» (p. 54)
Hugo Pratt, lignes d'horizons
Fazer uma viagem imersiva no universo de Hugo Pratt, ao lado de seus muitos heróis, incluindo o famoso marinheiro aventureiro Corto Maltese, é o objetivo desta exposição que homenageia um dos maiores criadores de banda desenhada.
O visitante embarca nos mundos imaginários e reais de Hugo Pratt, à descoberta das civilizações que inspiraram um artista prolífico, influenciado pelo cinema e pelos desenhos animados, mas também pela literatura, pela poesia e pela música do mundo.
Hugo Pratt é um dos poucos autores de bd de que gosto.
O que eu gostava de ver esta exposição que está no Musée d'Aquitaine, em Bordéus.
Marcadores de livros - 1886
Versos e reversos de dois marcadores, três postais e um autocolante do Prix littéraire des lycéens et apprentis.
sexta-feira, 21 de maio de 2021
Boa noite!
Os Músicos de Tejo tocaram hoje ao final da tarde, no Auditório Nacional de Música, com Ana Quintans e Ricardo Ribeiro.
Bacio - 20
Theo van Rysselberghe - Retrato de Émile Verhaeren
«Ceux qui vivent d'amour vivent d'éternité.»
Émile Verhaeren
quinta-feira, 20 de maio de 2021
In memoriam António Coimbra Martins
Ainda ontem eu e uns amigos falámos (bem) de Coimbra Martins. Soube hoje, por uma amiga, que ele faleceu ontem em Paris.
Trotinetes abandonadas
Veem-se muitas trotinetes e bicicletas abandonadas em Lisboa, sem o mínimo respeito pelos outros transeuntes, principalmente os cegos.
quarta-feira, 19 de maio de 2021
Marcadores de livros - 1884
Barcarena: Manuscrito, 2015
«Há quem lhes chame gastrónomos, gastrófilos ou foodies. Fortunato da Câmara prefere o termo francês gourmet que deu origem a todos os outros e que nasceu para definir as pessoas que gostam de comer, aprender, de se aventurar no mundo da gastronomia, e de desfrutar do puro prazer de estar à mesa, sem arrogância, nem presunção.
«E é sem presunção que este crítico gastronómico nos traz um manual bem-humorado, para quem gosta de comida e restaurantes. Aqui não encontra listas dos restaurantes a que tem de ir antes de morrer, mas encontra as dez iguarias simples e absolutamente incríveis que não pode deixar de provar, bem como os mandamentos para retirar o máximo de prazer dos momentos que passa sentado à mesa.
«Com este livro vai viajar na história da gastronomia, ser apresentado aos principais chefes que fizeram a sua 're-evolução', ver a origem dos restaurantes e a vaidade burguesa de se ir comer fora que ainda hoje persiste à mesa, desvendar o trabalho dos críticos gastronómicos e descodificar a sua linguagem. Aprender os mecanismos que se usam para construir uma ementa, feita de pequenos truques para que o seu pedido esteja o mais próximo daquilo que o restaurante quer que seja vendido, e perceber finalmente para que servem todos os gadgets culinários de que se fala e que se calhar até tem em casa sem lhes dar uso. Vai ainda descobrir o peso de guias de restaurantes e das redes sociais em guiá-lo aos destinos onde lhe convém mais, conhecer a importância do serviço de mesa, perceber que para apreciar um bom vinho não é preciso ser um adivinho, e até surpreender-se com alguns mitos, engodos e frustrações…» (Da sinopse.)
terça-feira, 18 de maio de 2021
Alves Reis: o caso Angola Metrópole
A proposta ado Museu do dinheiro para o Dia Internacional dos Museus:
Passeando em Lisboa - 25
3 maio 2021
Não é a primeira vez que eu posto fotografias de cogumelos que crescem em troncos de árvores ou nas relvas da Av. da Igreja. E presumo que não será a última.
Marcadores de livros - 1883
Versos e reversos.
Estes marcadores do Museu de Belas Artes de Astúrias vão-se juntar a outros já aqui postados.
No Dia Internacional dos Museus, com um agradecimento à Justa.
segunda-feira, 17 de maio de 2021
Marcadores de livros - 1882
Um marcador recortado, em que o verso e o reverso são iguais.
Leia aqui uma carta que Alfonso Castelao escreveu a Salazar.
Para a Luísa.
domingo, 16 de maio de 2021
Leituras no Metro - 1073
«- Vimos um avião no campo do outro lado da estrada e lembrámo-nos dos seus contos «White Dump» e «Hoe I Met My Husband».
«- Sim, houve ali um aeroporto durante algum tempo. O proprietário dessa quinta pilotava um aviãozinho como hobby. [...] Ainda está vivo. Tem boa saúde e é um dos homens mais bonitos que já conheci. Reformou-se aos 75 anos. Cerca de três meses depois de se reformar fez uma viagem e apanhou uma doença estranha de uns morcegos numas grutas.»
Entrevista de Alice Munro a Jeanne McCullough e Mona Simpson para a Paris Review, 1994.
In: Entrevistas da Paris Review. Lisboa: Tinta da China, 2017, vol. 3, p. 12.