sábado, 24 de dezembro de 2022
A mesa está posta!
Festejar o Natal
sexta-feira, 23 de dezembro de 2022
Feliz Natal !
Um Natal com saúde, antes de tudo o mais, e partilhado com as famílias de sangue e as que escolhemos .
«Parisiennes citoyennes ! »: a emancipação das mulheres de 1789 ao ano 2000
Boas Festas!
VIII
Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
(...)
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.
(...)
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
(...)
“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993). - 32.
http://arquivopessoa.net/textos/1487
quinta-feira, 22 de dezembro de 2022
A história do presépio
A tradição do presépio remonta ao início do século XIII, quando, em 1223, São Francisco de Assis celebrou o Natal no ermo de Greccio na região de Lácio. Conforme conta Tommaso da Celano na sua obra Vita prima (1228), Francisco não terá realizado propriamente uma representação de um presépio como nós o conhecemos hoje, mas colocado apenas um boi e um burro (ambos verdadeiros) e, ao centro, a manjedoura. O intuito era o de mostrar à população local a pobreza e humildade com que Jesus tinha vindo ao mundo. A palavra “presépio” provém do latim praesepium e significa precisamente manjedoura. Após a morte de São Francisco em 1226, e graças a uma devoção crescente ao santo, difundiu-se este hábito do presépio, ainda que sob forma muito diferente da de hoje.
De facto, pensa-se que o primeiro presépio artístico será da autoria do escultor toscano Arnolfo di Cambio de 1291 para a Basílica de Santa Maria Maior em Roma, por encomenda do Papa Nicolau IV (1288 – 1292). Ainda hoje são conservadas as esculturas originais de São José, do boi, do burro e dos reis magos. A partir desse momento, o presépio começou a integrar a tradição natalícia, e no princípio do século XV juntaram-se às figuras de Maria, José, Menino Jesus, boi e burro, outros numerosos elementos que encheram o presépio de pormenores: anjos, pastores, ovelhas e cordeiros, os reis magos a cavalo ou camelo, e a essas figuras bíblicas, foram acrescentadas cada vez mais personagens populares. Durante o Concílio de Trento (1548 – 63), declarou-se a representação do presépio como expressão desejável da religiosidade popular, e os fiéis foram incentivados a colocá-lo nas suas casas. Daí resultaram verdadeiros centros “industriais” de fabrico de presépio, como Nápoles (ver segunda imagem), Lecce ou Bologna que se diferenciam, quer do ponto de vista estilístico, quer do ponto de vista dos materiais utilizados.
Portugal nada fica a dever a essa
tradição, e é por isso, que a família sagrada do Presépio da Basílica da
Estrela da autoria de Machado de Castro por encomenda de D. Maria I constitui a
nossa nova vinheta.
A todos, um Bom Natal!
Bacio - 76
quarta-feira, 21 de dezembro de 2022
Boa noite!
Leituras no Metro - 1140
terça-feira, 20 de dezembro de 2022
Os meus italianos
Nasceu em Verona a 20 de Dezembro de 1947. Numa época em que a música ligeira ainda era dominada pela influência francesa e italiana, Cinquetti encantou o público italiano em diversas participações no Festival de San Remo. A sua primeira vitória neste concurso em 1964 lançou a jovem de apenas 16 anos para o estrelato musical: Non ho l'età, canção vencedora, viria a triunfar no Festival Eurovisão da Canção desse ano e tornar Cinquetti num dos ícones principais da década de 60 e 70.