No Dia Mundial do Café, vamos tomar um café a Copenhaga? O café por lá não deve ser grande espingarda, mas damos uma voltinha pela cidade. Ou vamos a Tóquio? Ou ficamos em casa, a ler um livro.
Nas suas memórias, Wladyslaw Szpilman recorda um episódio passado a 14 de abril de 1942, no gueto de Varsóvia: «Jehuda Zyskind morava na Rua Mila […]. Além das suas ocupações diárias, Zyskind era um socialista idealista. Mantinha-se em contacto com a organização socialista, trazia às escondidas para o gueto artigos de jornais proibidos e tentava organizar células, embora achasse esta última tarefa muito difícil. Tratava-me com amável desdém, que considerava a maneira adequada de lidar com artistas, pessoas sem qualquer utilidade como conspiradores. […] Jehuda durou até ao Inverno de 1942, quando foi apanhado in flagrante, com montes de material secreto em cima da mesa, enquanto ele, a mulher e os filhos o selecionavam. Foram todos imediatamente abatidos a tiro, até o pequeno Symche, de três anos.» (p. 63-64)
No dia 19 de abril fará 80 anos que os judeus do gueto de Varsóvia se sublevaram, no que foi a primeira insurreição contra os nazis.
Nunca tinha lido o livro, tinha apenas visto o filme. È pena que o livro esteja esgotado.
«Em 1982, Yann Andréa e Marguerite Duras vivem juntos há dois anos. Ela tem quase 70 anos, ele é 38 anos mais novo. Andréa pede à jornalista e escritora Michèle Manceaux para o entrevistar sobre a sua vida com Duras, uma obsessão que tanto o perturba e enlouquece. Ele acredita que, ao confiar a sua história a Manceaux, pode ganhar mais clareza sobre a relação. O que se segue é uma conversa intensa e convincente que mergulha nos recessos mais profundos do amor.» (Sinopse)
Há muitos anos li Cet amour-là (= Aquele amor) que Yann Andréa (1952-2014) escreveu sobre a sua vida com Duras. e vi o filme com Jeanne Moreau adaptado desse livro. Sei que gostei do livro, mas lembro-me mal do filme.