quarta-feira, 11 de junho de 2008
UMA OPINIÃO SOBRE A BANDEIRA ...
" (...) Na Europa, só as da Bulgária, Bielorrússia e Lituânia têm uma fronteira de verde e vermelho, opção que nem o desejo de varrer o azul monárquico legitima. E a esfera armilar com o brasão de armas parece anacronismo ou coisa para monarquias(Espanha), principados(Liechtenstein e Andorra), enclaves (San Marino) e cidades-estado(Vaticano) . Não temos a bandeira mais ridícula da Europa por causa de Chipre, que amedrontado vai hasteando um mapa, nem a mais feia graças à Bósnia-Herzegovina e ao macedónio que desenhou o símbolo da sua pátria sob o efeito de opiáceos. Ainda assim, mesmo sem ter sido o estandarte aprovado pela Constituinte de 1911, basta pensar nas mascotes que se desenham por aí para perceber que um novo concurso seria uma imprudência.(...) "
- Vasco M. Barreto, Metro, 9 de Junho de 2008.
Bom, não tendo lido o artigo na íntegra, não percebi exactamente o alvo da crítica: as cores, o escudo, a esfera armilar?
ResponderEliminarParece-me abusivo falar-se em azul monárquico. Preferia falar no azul e branco das quinas, nacional portanto e integrados que foram na primeira bandeira *nacional* portuguesa.
Os casos de bandeiras com escudos, mesmo na Europa, não se restringem às situações descritas, existindo várias repúblicas que, não só mantiveram (ou recuperaram) o escudo anteriormente usado, como o exibem na bandeira.
Pessoalmente, o único elemento em que me reconheço na bandeira é o escudo. Mudem o que quiserem à volta.
Concordo no entanto com os perigos de um concurso. O risco de sair coisa pior é garantido. Isto para não falar em correcções políticas, de que é exemplo recente, em Espanha, a retirada, numas armas municipais da Andaluzia, da corrente que subjugava o vencido de Granada, agora amnistiado.
Do actual não sei, mas do anterior representante de Boabdil (que era português) tenho a certeza que seria contra essa libertação póstuma, a bem da heráldica que tanto prezava e a que tanto se dedicou. Refiro-me ao Senhor D. Luís de Lancastre e Távora, Marquês de Abrantes e de Fontes, infelizmente desaparecido cedo demais.
Bom dia!
JP
Concordo em absoluto com a relevância do escudo, e até com a esfera armilar que também me é grata. Parece-me que o intuito do autor é precisamente provocar a discussão, cronicamente reavivada tal como quanto ao hino,e há que concordar com ele quanto ao mau gosto relativamente a algumas das mais recentes bandeiras europeias...
ResponderEliminarDesconhecia o caso dessas armas municipais andaluzas, mais um caso do politicamento correcto aliado a um desejo de retroactividade na História...
http://blogdeheraldica.blogspot.com/2008/06/noticia-heraldica.html
ResponderEliminarEu também concordo com a identificação com o escudo e a esfera armilar. Para mim, o ideal de bandeira em que me revejo é a bandeira de D. Pedro V sem a coroa.
ResponderEliminar(e com a esfera armilar, entenda-se)
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