Para quem gostar de olhos azuis!
Tão longe
Desta memória eu quereria dizer...
Tão apagada agora... quase nada resta -
porque ficou tão longe, nos meus anos primeiros de ser humano.
Uma pele como de jasmim... Na noite
de Agosto... Era Agosto?... Mal relembro
os seus olhos... Eram, suponho, azuis...
Ah sim, azuis. Azuis como safira.
[1914]
Constantino Cavafy [Konstantinos Kavafis]
(90 e mais quatro poemas. Trad. de Jorge de Sena. 3.ª ed. Porto: Asa, 2003)
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