Alfons Mucha, Printemps, 1896
Amanhã (dia 1 de Setembro) chega a Primavera à Austrália. Pois é, aqui não se segue o Equinócio muito à risca. Não faz mal. Imaginemos que se trata de uma divindade antropomórfica sempre em viagem, que chega um pouco antes do que se esperava... Será que há andorinhas?
De um anónimo chinês, do século XI: «Se um fosse uma árvore ou uma +lanta, sentiria a doce influência da Promavera. Sou um homem... Não se espantem com a minha alegria.»
ResponderEliminarM.
Aqui o Verão tem estado nublado. Pelo menos, em Lisboa.
ResponderEliminarM.
A Primavera voa até à Austrália e a nós resta-nos esperar pelo Outono!
ResponderEliminarOs tons dourados do Mucha lembram o Outono, só as flores é que o traíram.
Envio-lhe um excerto de um poema de Gomes Ferreira (Meditação caminho para a praia)
"Meu jardim distante
empedrado de desejos
onde em vez de sombra
trazia um sol de rastos
que na primavera do mundo
subia de mim para o céu.
Meu jardim perdido..."
José Gomes Ferreira, Poesia II, Portugália Editora, 1972, p.12-13.
Que fantástico excerto! No próximo fim de semana vou para a praia, vou levar a meditação comigo. Obrigado
ResponderEliminarE aqui a Primavera também se apresenta sob céus de chumbo... há de mudar.
ResponderEliminarPRIMAVERA
ResponderEliminarOlha o Sol que meigo está!
E como beija as olais
Que oarecem tuas aias,
Esperando que saias de casa!...
Aquece, mas não abrasa...
E faz dos abrigos
Aves e insectos. E os trigos
Como são verdes e riem!
A serra até se espreguiça;
E abre os braços
ao Sol!
- Tocaram sinos à missa -
Mas o céu é manso e mole;
Pra que os pastorse assobiem
E se oiçam na distância...
- Olho teu rosto; a infância
Dos teus olhos me sorri
E a tua boca seduz...
Primavera!
Primavera!
Como nos beija esta Luz!
Francisco Bugalho
(In: Poesia. Lisboa: LG, 1998, p. 30)
M.