Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Mário Cesariny
Um lindo poema de um grande poeta!
ResponderEliminarMiss Tolstoi
Olá Miss Tolstoi. Como tenho amigos também me chegou um cd com uma ópera de Prokofiev...
ResponderEliminarTambém gostava de ter uns amigos assim...
ResponderEliminarE qual foi a ópera? «O Amor das Três Laranjas» (ou será «O amor por Três Laranjas»?), «O Casamento no Convento»?... Não me diga que foi «Guerra e Paz». Só pode ter sido. Nunca ouvi «O Jogador», mas vou ao YouTube, por onde vocês passam a vida, pode ser que esteja lá. A verdade é que eu também passei a frequentar o YouTube.
Com Fraternidade vamos, aos poucos, cimentando a amizade. A Fraternidade é o conceito mais dificil de colocar em prática. Todos sabemos dizer o que é a Liberdade... (aplicando-a, ou não); todos sabemos (ou julgamos saber) o que é a Igualdade ...; Fraternidade é mais dificil, é preciso deixar cair muitos e muitos conceitos e preconceitos do quotidiano para na verdade se ser, ou tentar ser, fraterno. Tenho a sorte de ter e de receber FRATERNIDADE. Assim a consiga eu também dar. E quem me deu "Guerra & Paz" (de Prokofiev) é a pessoa mais fraterna do mundo (desconfio é que essa pessoa tem mais heterónimos (não pseudónimos) do que F. Pessoa).
ResponderEliminar«Cada um revela o que é pelos amigos que tem» - dizia Flaubert, segundo li num papelinho que vinha num bombom Bacio, os meus preferidos.
ResponderEliminarNa noite profunda
ResponderEliminarSurgiu um grito de dor
Ódio, amor, ódio_amor
É como se cada folha do mal-me-quer cantasse:
Ódio
Amor
Ódio
Amor.
Sete pétalas caíram no chão,
Não foi na Ácropole embora se entoasse
No cimo de um monte de catorze andares:
Ódio
Amor
Ódio
Amor.
Procura-se a noite, a rua, os mistérios no chão
Desenhados por quem a calcorreia
Ódio
Amor
Ódio
Amor
Antinomia profunda
Ódio versus mal
Amor versus bem
Mal
Bem
Mal
Bem.
Palavras sem sentido escritas pela mão
De uma criança
Que Corre à procura de quem a ensine
A entar na Escola de Atenas.
Ódio e amor fraternal
Ódio e amor
Saboreados numa noite quente de Verão.
ARA
Para ARA.
ResponderEliminarO problema é a dicotomia. Não os oponha. Faça com que o Amor e o Bem exitam e apague, dentro de si, o Mal e o Ódio... Quando conseguir isso consegue chegar à Escola de Atenas! Porque a Escola da Sabedoria está dentro de cada um de nós. Não esqueça que o Bem e o Mal são relativos (assim como a Verdade). Dependem do ângulo em que se situa o observador. Já o Amor e o Ódio, que cada um sente, dependem apenas da vontade própria [os outros não tem culpa do nosso desejo ou da nossa vontade]. Escute a sua consciência e veja onde acaba o sonho e começa a realidade!
Para Miss Tolstoi
ResponderEliminarObrigado pelas suas palavras. Na verdade é preciso dar para receber... tenho que tentar dar mais.