" Morremos e ressuscitamos em cada hora, porque as sementes germinam na terra, porque as estrelas cintilam no céu, porque as árvores se cobrem de folhas na Primavera, porque a esperança é uma rosa com tantas pétalas quantos os dias da nossa vida. "
- Fernanda de Castro , Ao Fim da Memória, II vol. (1939-1987) , Verbo, 1987, 70.
Intervalando as leituras de férias, reli o segundo volume das belas memórias de Fernanda de Castro, mulher de cultura e cidadã hoje praticamente esquecida. Das comoventes páginas sobre a morte do seu marido, António Ferro, até ao surpreendente convívio com Natália Correia e José Carlos Ary dos Santos, fica-nos um fascinante retrato do que foi a vida desta poetisa, dramaturga, tradutora e romancista.
Também gostei desses volumes de memórias da Fernanda de Castro. Aliás, sou uma devoradora de (algumas) memórias, autobiografias e biografias. Recomendo-lhe que leia, se ainda o não fez, «Cartas para além do tempo», também da F.C., trechos memorialísticos que ela escreve em forma de cartas a alguns dos seus amigos. Lembro-me, particularmente, de uma carta ao Bernardo Marques, talvez por eu ser uma admiradora incondicional dos seus desenhos.
ResponderEliminarSe ainda está de férias... boas férias!
M.
Biografias,memórias,autobiografias também são dos meus géneros literários preferidos-tenho centenas.Obrigado pela dica das " Cartas para além do tempo "
ResponderEliminarAs férias,por agora, terminaram.Até porque já estava com muitas saudades deste blogue!
as cartas para além do tempo têm duas cartas à nossa também querida virgínia victorino. que vale a pena ler.
ResponderEliminareram, de facto, muito especiais as mulheres de força dessa época, da primeira metade do século, sabiam o que queriam, sabiam passar a sua mensagem e marcaram o seu tempo. mas estão demasiado datadas e, não se entende porquê, esquecidas. mas, certo é que quem não as conhece e toma entretanto contacto com elas, com a sua obra, atitudes, quotidiano, apaixona-se. eram iressistíveis...
jps
O jps está muito moderninho a escrever! Então agora já não se usam maiúculas? Ainda vai concorrer ao Nobel para tentar ultrapassar a sua Virgínia...
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