quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A arte de provocar

Uma lagosta gigante pendurada num tecto de Versailles, numa das salas onde há 219 anos se passeava Maria Antonieta, é uma das propostas iconoclastas da exposição Jeff Koons Versailles (até 4 de Janeiro). Aquela exibição de objectos estranhos foi a forma que o artista norte-americano encontrou para reinterpretar de forma contemporânea alguns espaços do palácio considerado um dos maiores exemplos da arquitectura e decoração barrocas.
(A propósito, o Petit Trianon vai reabrir no próximo dia 2 de Outubro, após recuperação do seu ambiente do séc. XVIII, num investimento que rondou os cinco milhões de euros).
Um sapo crucificado integra a polémica obra de Martin Kippenberger que pode ser vista até 1 de Maio, no Museu de Arte Contemporânea (MOCA), em Los Angeles. Martin Kippenberger: The problem perspective é a retrospectiva deste alemão que foi artista plástico, entertainer, empresário, arquitecto e editor.

O Rijkmuseum de Amesterdão vai arriscar ao fazer de uma única peça o seu highlight para esta rentrée. Trata-se de uma caveira concebida em estrutura de platina com incrustações em diamantes de autoria do britânico Damien Hirst. Pode parecer despropositada a mostra da peça no grande museu de Amesterdão não fosse o artista ter-se inspirado na arte mortuária da idade de ouro holandesa, quando os mercadores, enriquecidos pelos lucros das grandes companhias de comércio, não olhavam a despesas para perpetuação da sua memória (e vaidade). Esta caveira de diamentes estará em exibição entre 1 de Novembro e 15 de Dezembro.






7 comentários:

  1. Três obras lindas, dignas de integrarem as «belas»-artes...

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  2. Acho graça à irreverência dos artistas. Questionar a realidade concreta, provocar o público... faz parte da "Arte" quer se considere ou não estas obras artistícas!

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  3. Achar graça, também achei. Até me ri quando vi a caveira a rir-se para mim e o sapo crucificado.

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  4. Alguém compraria isto numa loja de 300? A caveira não seria de brilhantes...

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  5. Também me referia ao maravilhoso sapo crucificado. Não consigo ver bem a lagosta.

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  6. Não me importaria de ter a caveira!
    Pelo menos é sorridente.
    O sapo...de facto, não.
    Jeff Koons não conhece o Rafael Bordalo Pinheiro, decerto, o naturalismo de um iria dar-se bem com o outro.

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  7. Também não me importava de ter esta caveira. Transformava-a logo numa viagem.
    M.

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