Ideia do amorViver na intimidade de um ser estranho, não para nos aproximarmos dele, para o dar a conhecer, mas para o manter estranho, distante, e mesmo inaparente- tão inaparente que o seu nome o possa conter inteiro. E depois, mesmo no meio do mal- estar, dia após dia não ser mais que o lugar sempre aberto, a luz inesgotável na qual esse ser único, essa coisa, permanece para sempre exposta e murada.
-
Giorgio Agamben,
Ideia da Prosa, Trad., prefácio e notas de João Barrento, Cotovia, 1999, 111.
Que estranha ideia de amor... e inexplicavelmente bela. A palavra murada é que tem um tom assustador!
ResponderEliminarAgambem é um dos filósofos vivos que mais aprecio, e de uma enorme erudição.
ResponderEliminarNão conhecia Giorgio Agamben, obrigada. Vou procurar nas livrarias.
ResponderEliminarA.R.
Estive à procura de Agamben na FNAC e não encontrei.
ResponderEliminarAndei na net e na wikipedia vi que ele actualmente é professor de Estética na
Facoltà Di Design e Arti della IUAV.
Confesso que o filósofo (mais)contemporâneo que li foi o Agostinho da Silva. Na adolescência li até Wittgenstein... tudo o que é posterior desconheço a não ser a excepção que referi.
Aprendo sempre quando venho ao vosso blog.
Envio-lhe um clássico da música para agradecer.
http://www.youtube.com/watch?v=vnRqYMTpXHc&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=wqc209-rwNI&feature=related
A.R., bom Sábado.