Darwin é uma pequena cidade do noroeste da Austrália, perto de Singapura e de Timor Leste. Goza de um clima tropical e no seu calor pareceu-me uma paisagem lânguida - tudo se faz devagar, ou talvez com vagar, e mesmo nos restaurantes (inesperadamente bons e bem frequentados, d'une façon BCBG local, se tal se pode inferir) o calor intenso é pouco esbatido pelas ventoinhas que giram lentamente. De certa forma, faz lembrar Miami, mas em bruto.
Impressionou-me a dupla ladainha encontrável em cada esquina -- o bombardeamento por parte de tropas Japonesas durante a Segunda Guerra Mundial e a quase-total destruição da cidade pelo furacão Tracy na noite de Natal de 1974. Em cada esquina, em cada livraria, em cada nota de viagem. Na prática, são as duas referências históricas que definem os seus cidadãos. Por inacreditável que pareça, a capa do tablóide local num dos dias da semana passada fazia referência ao furacão Tracy... e o ataque japonês é o mote apregoado do novo filme de Baz Luhrmann, "Australia", com Nicole Kidman e Hugh Jackman, a estrear no próximo mês.
Fiquei com vontade de lá voltar.
" Miami em bruto " gostei. Pelos vistos, os filmes sobre a Segunda Guerra continuam em grande- Clint Eastwood, Spike Lee e agora Luhrman.
ResponderEliminarNão venho por causa de Darwin mas para lhe agradecer ter falado em Camus. Li o Mito de Sísifo e foi bom voltar a ler Camus.
ResponderEliminarNa sequência do que falou sobre o bombardeamento das tropas Japonesas fez-me recordar os filmes: Letters from Iwo Jima e Flags of Our Fathers, do Clint Eastwood. Adorei pricipalmente o primeiro.