As coisa mais simples são sempre as mais belas! Habituou-nos com a sua escolha a pensar na simplicidade e na frescura. Obrigada.
Envio Tagore que agora ando avidamente a ler porque vou passar umas semanas a Goa.
FLOR-DE-LÓTUS No dia em que a flor de lótus desabrochou A minha mente vagueava, e eu não a percebi. Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida. Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim. Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro De um perfume no vento sul. Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade. Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se. Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim Que ela era minha, e que essa perfeita doçura Tinha desabrochado no fundo do meu coração.
Como (quase) toda a gente da minha geração ouvi (e vi) Joan Manuel Serrat. Lembro-me especialmente da canção que ele fez para os versos de Antonio Machado:
CANTARES...
Todo pasa y todo queda, pero lo nuestro es pasar, pasar haciendo caminos, caminos sobre el mar.
Nunca persequí la gloria, ni dejar en la memoria de los hombres mi canción; yo amo los mundos sutiles, ingrávidos y gentiles, como pompas de jabón.
Me gusta verlos pintarse de sol y grana, volar bajo el cielo azul, temblar súbitamente y quebrarse...
Nunca perseguí la gloria.
Caminante, son tus huellas el camino y nada más; caminante, no hay camino, se hace camino al andar.
Al andar se hace camino y al volver la vista atrás se ve la senda que nunca se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino sino estelas en la mar...
Hace algún tiempo en ese lugar donde hoy los bosques se visten de espinos se oyó la voz de un poeta gritar "Caminante no hay camino, se hace camino al andar..."
Golpe a golpe, verso a verso...
Murió el poeta lejos del hogar. Le cubre el polvo de un país vecino. Al alejarse le vieron llorar. "Caminante no hay camino, se hace camino al andar..."
Golpe a golpe, verso a verso...
Cuando el jilguero no puede cantar. Cuando el poeta es un peregrino, cuando de nada nos sirve rezar. "Caminante no hay camino, se hace camino al andar..."
Golpe a golpe, verso a verso.
ANTONIO MACHADO
Também gosto da canção aqui postada. Neste cantor, a dificuldade está na escolha. M.
Também gosto do Joan Manuel Serrat que já não ouvia há muito tempo.
ResponderEliminarObrigada.
Muito bonito
ResponderEliminar«Bom dia vejo, pois vos vejo aqui.»
ResponderEliminarAs coisa mais simples são sempre as mais belas!
ResponderEliminarHabituou-nos com a sua escolha a pensar na simplicidade e na frescura.
Obrigada.
Envio Tagore que agora ando avidamente a ler porque vou passar umas semanas a Goa.
FLOR-DE-LÓTUS
No dia em que a flor de lótus desabrochou
A minha mente vagueava, e eu não a percebi.
Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida.
Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro
De um perfume no vento sul.
Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.
Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim
Que ela era minha, e que essa perfeita doçura
Tinha desabrochado no fundo do meu coração.
Envio-lhe também a versão inglesa.
ResponderEliminarLOTUS
On the day when the lotus bloomed, alas, my mind was straying,
and I knew it not. My basket was empty and the flower remained unheeded.
Only now and again a sadness fell upon me, and I started up from my
dream and felt a sweet trace of a strange fragrance in the south wind.
That vague sweetness made my heart ache with longing and it seemed to
me that is was the eager breath of the summer seeking for its completion.
I knew not then that it was so near, that it was mine, and that this
perfect sweetness had blossomed in the depth of my own heart.
Rabindranath Tagore
Como (quase) toda a gente da minha geração ouvi (e vi) Joan Manuel Serrat. Lembro-me especialmente da canção que ele fez para os versos de Antonio Machado:
ResponderEliminarCANTARES...
Todo pasa y todo queda,
pero lo nuestro es pasar,
pasar haciendo caminos,
caminos sobre el mar.
Nunca persequí la gloria,
ni dejar en la memoria
de los hombres mi canción;
yo amo los mundos sutiles,
ingrávidos y gentiles,
como pompas de jabón.
Me gusta verlos pintarse
de sol y grana, volar
bajo el cielo azul, temblar
súbitamente y quebrarse...
Nunca perseguí la gloria.
Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar...
Hace algún tiempo en ese lugar
donde hoy los bosques se visten de espinos
se oyó la voz de un poeta gritar
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."
Golpe a golpe, verso a verso...
Murió el poeta lejos del hogar.
Le cubre el polvo de un país vecino.
Al alejarse le vieron llorar.
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."
Golpe a golpe, verso a verso...
Cuando el jilguero no puede cantar.
Cuando el poeta es un peregrino,
cuando de nada nos sirve rezar.
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."
Golpe a golpe, verso a verso.
ANTONIO MACHADO
Também gosto da canção aqui postada. Neste cantor, a dificuldade está na escolha.
M.
Feridas a que ninguém consegue escapar.
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