quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Paulo Teixeira Pinto, poeta




Paulo Teixeira Pinto tem-se mostrado um homem eclético: docente das Faculdades de Direito e de Letras da UN, político do PSD, gestor da Banca e, desde que deixou essa actividade, Presidente da Causa Real, editor, pintor e, agora, poeta.

Foi hoje lançado no Museu da Faculdade de Ciências, num lindíssimo anfiteatro (mas também bastante incómodo para quase duas horas; pobres alunos que por ali passaram...), o seu livro de poesia que segundo o autor é fruto de uma maturação de dez anos, "porque um banqueiro não publica livros de poesia", com o título " LXXXXI (poema teorema) ou três vezes três três vezes vezes três".


Não foi bem uma apresentação clássica: mais uma performance com ritmo e encenação, vozes off, poemas lidos em entradas anunciadas, pelos jornalistas Mário Crespo e Nicolau Santos, a apresentação pelo linguista Prof. António Emiliano e pelo poeta Vasco Graça Moura, palavras de Teixeira Pinto para agradecimentos (in memoriam a Eduardo Prado Coelho, o primeiro a ler os seus poemas) e a explicação deste livro, onde a numerologia é patente com o seu hermetismo, ordenado em capítulos temáticos e com títulos em latim "por ser uma língua morta que por isso está sempre viva" e a apresentação de poemas de forma performativa e com música de fundo por Pedro Abrunhosa, que os disse maravilhosamente com a sua voz grave.

O Anfiteatro estava cheio, havia caras conhecidas de todas as actividades por onde Paulo Teixeira Pinto andou ou anda, entre elas Dom Duarte de Bragança, o deputado Miguel Relvas e os ex-ministros da Cultura, Pedro Roseta e Isabel Pires de Lima. Um acontecimento registado por muitos jornalistas, fotógrafos dos jornais e camara men.

XCI. Redemptio

o breve
em eterno
se doou

quando cindido
foi o tempo

e o nunca
em sempre
se tornou

9 comentários:

  1. Queria deixar aqui um verso da sabedoria popular sueca:
    "Lamber para cima.
    Calcar para baixo."

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  2. João Mattos e Silva, obrigada por me ter dado a conhecer este poeta.
    Gostei da simplicidade do poema que escolheu.

    Às vezes, surgem comentários de mau gosto. Perdoe-me o anterior comentador...
    A presença do Vasco Graça Moura é sinónimo de qualidade para mim.

    Então tem escrito novos poemas?

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  3. O Vasco Graca Moura É EDUCADO!, Sr. Anónimo. Educado!

    Y que tal começar a ler POESIA a sério. Sabe escrever, pelo menos, nada como ler, ler, ler. Y a Moral sueca é esclarecedora, não é de mau gosto.

    Já agora, o PTP: PENSA BEM. MUITO. MUITO BEM. Mas poesia é um capricho que lhe deu, como a muita gente que anda a editar por ai. Com a diferença que não pensam tão bem como ele. Ora, o rapaz quer editar um livro. Pois. Está bem, atendendo à conjuntura e aos que ndam por ai a ler.

    PS.: O Herberto Hélder Editou um livro! NOOOOOOOOOOOVO! Corram a ir comprar. E depois vamos discutir versos e poesia. É exactamente isso que Falta. Vale.
    Os suecos são finos y assertivos nas suas traduções das relações sociais. Vale, novamente.

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  4. de p.madre

    Obrigada por me fazer procurar poesia sueca. Que me lembre neste momento, só conheço um escritor sueco: Axel Munthe.

    Procurei poetas e encontrei em espanhol. Espero que a informação recolhida da NET esteja certa.

    Pär Lagerkvist :

    ABANDONADO POR EL CIELO

    Abandonado por el cielo de la mañana y las estrellas,
    por la hierba del verano y la fresca lluvia de la primavera,
    por el manantial de todos los mortales.
    Abandonado.

    Todos han huido, todos mis amigos,
    el viento del verano, la hierba cubierta de rocío en la
    mañana,
    el olor del bosque después de la lluvia, yo estoy
    completamente solo,
    todas las fuentes de vida han callado.
    Abandonado, abandonado.

    ¡Por dónde va el camino hacia la oscuridad,
    la misericordiosa, la blanda?
    ¡Dónde está la puerta de salida en el muro del país de la
    vida,
    la puerta baja, donde uno se doblega?

    Espero que envie um outro poeta sueco para eu conhecer.
    Cumprimentos cordiais.

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  5. Regressei para dizer que adoro Herberto Helder. Tenho a obra completa dele, ou tinha pois, hoje, soube que saíu um livro de poemas inéditos.

    Espero pela poesia sueca!

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  6. m pouquinho de azar esta coisa dos poetas Suecos. Há uma simbólica antologia de poetas Suecos& Portugueses,já com alguns anos. Apenas sei que os poemas foram traduzidos pelo VGraça Moura.
    Contudo, deixo dois nomes Edith Södergran ( ela é mais filandesa que Sueca, mas os Suecostratam-na come fosse património nacional) e o Gunnar Björling
    Deixo um poema que encontrei na net

    "Now is not dead
    it is a voice
    barely shimmering
    in this night of light
    and between space and sea"
    .....
    Existe um escritor norueguês interessante, o Anders Bye ... mas cá ninguém traduz.
    É uma pena.
    .....
    Ah! Os Suecosvvmfasna dos pelo Pessoa. Y o Poema do Herberto Helder ( Na tal antologia) tb criou impacto.
    PS.: Conheço essa raça nordica, talvez amanhã de pois do jogo tenha mais uns nomes. Vale.
    PS2. Eu gosto mesmo é de António Franco Alexandre.

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  7. Os Suecos vivem fascinados pelo FPessoa.

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  8. Sr. Anónimo, estes Noricos são Fascinates - internetemente falando - experimente este link:

    http://www.dr.dk/Kultur/Forfatteratlas/Forfatteratlas.htm?id=130&mode=writer&page=relations&last=130&x=

    Ficamos com uma visão panoramica sobre toda a poesia daquelas terras.

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  9. Obrigada pela poesia sueca.

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