segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Ramiro Fonte, poeta galego



Poeta, narrador e ensaísta, Ramiro Fonte nasceu em Pontedeume, na Corunha, em 1957. e morreu recentemente em Barcelona vítima de cancro. Estreou-se como poeta no grupo Cravo Fondo, nos finais dos anos 70, tendo publicado nove livros de poesia. Poemas seus foram traduzidos em catalão, italiano, francês, inglês e russo. Até à data foram ainda publicadas duas antologias da sua obra poética e os seus poemas figuram em numerosas antologias de poesia galega e peninsular.
Foi ficcionista e crítico literário em diversas revistas e na imprensa diária., nomeadamente na Colóquio Letras, da Fundação Gulbenkian. Participou em diversos encontors de escritores galegos e portugueses .Recebeu vários prémios pela sua obra.
Ramiro Fonte era Director do Instituto Cervantes de Lisboa desde Março de 2005.

SEGUNDO LARGO ADIÓS PARA UN JOVEN MARINO

Sirtes, Sirtes,
Buscadme propiciasPeñas donde naufragar. Yo sigo vuestro engaño,
El mismo de las olas que en este azul de la noche temprana
Pronto parece víspera
De una partida al sur. Pero dejadme
Contemplar esta tarde, sus restos en la arena,
Pues tanto huele a islas de verano por las corrientes
Mojadas. Permitidme
Permanecer todavía a la orilla de noviembre,
Que es tan hermoso y triste a la misma hora
Quedar solo en lo lejano de los muelles.
Vosotros habláis vocabularios de jóvenes marineros
Que a la decisión de las olas entregaron los pechos.
Decidme también en la bajamar más profunda.

De Designium, 1984

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