quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Ecos em noite eleitoral
“Dez horas da noite. A fila à entrada do Hard Rock Lisboa prolonga-se rua abaixo e a noite parece animada. Embaixadores de vários países, diplomatas, algumas figuras públicas e muitos desconhecidos. Lá dentro, a decoração honra a data. Circulam as asas de frango, os nachos e “onion rings” pelo meio de uma massa compacta de gente que, de olhos postos na emissão da CNN no ecrã gigante, aproveita para por a conversa em dia enquanto não chegam as novidades. (…) A ex-ministra da saúde e actual deputada do PS, Maria de Belém, acredita que sim. “Desta vez as coisas estão mais chamativas, aguardo com muita expectativa a vitória do Obama”. Um homem que, numa palavra, definiria como “enxuto”, nem a mais nem a menos. Ao contrário de Sarah Palin, a mulher que é “o rosto sombrio de McCain”, segundo a deputada.
(…) Quando há a primeira verdadeira notícia da noite – a Pensilvânia pintada de azul – já não sobram muitas vozes para gritar, mas Charles Buchannan, presidente da Fundação Luso-Americana ergue o punho com um vitorioso “yes!”, apressanndo-se a esclarecer o porquê de ostentar um crachá de cada candidato. “Eu cresci ao mesmo tempo que o senador McCain, andámos na mesma escola – apesar de não ter privado com o senador – e identifico-me com ele.” Mas desta vez vota Obama e justifica a escolha com a necessidade de um novo rumo.
(…) Mas nem todos sofrem com o desenrolar da noite. “Eu sendo do Sporting, encaro isto como uma eleição do presidente do Benfica”, brinca o cantor António Pinto Basto. “Eu sei que isto é importante, mas pessoalmente é-me indiferente.” O fadista defende que é “politicamente correcto” preferir o Obama e, apesar de envergar o autocolante “I vote”, Pinto Basto não revela para quem iria o seu voto. “Olhe, vou gritar imenso pelo que ganhar.”
Público, edição online
“Ao longo da noite eleitoral, o Portugal Diário manteve uma emissão especial na redacção com a presença dos mais destacados bloggers a nível nacional. Foram cerca de seis horas de emissão, apenas com pequenas pausas, mas uma discussão muito acesa. As opiniões dividiram-se, mas, no final, a evidência foi real, pelo que mesmo os apoiantes de John McCain tiveram de entregar o triunfo ao democrata. Paulo Querido e Nuno Gouveia deram a vitória a Obama bem cedo. (…) Enquanto Miguel Morgado e Fernando C. Gabriel lamentavam a derrota de John McCain no blog Atlântico, Tiago Mota saraiva e Emídio Fernando congratularam-se pelo resultado histórico garantido pelo candidadto democrata no 5Dias. O Insurgente não escondeu alguma divisão, com opiniões de Bruno Garschagen e André Abrantes Amaral. No País Relativo, existiu um espaço para uma abrodagem sobre o futuro da América e do Mundo, com as necessárias repercussões em Portugal.
A fechar a loja, Palin regressa ao iglô, de onde nunca mais sairá, os republicanos têm 4 anos para olhar para o umbigo e 1 ano para fazerem um/a canndidato/a, Obama tem um petisco dos diabos oela frente, com o mundo e uma América a olharem para ele como um semi-deus e a esperarem milagres, o mundo respira por se ver livre de uma peste bubónica chamada Bush, a América passará a ser um tudo nada menos odiada, pelo menos por uns meses, e de resto tudo mais ou menos na mesma: a crise financeira tornou-se uma crise de regime, a China vai emergir como antena dos problemas do mundo (dando folga a Obama…) a geo-política do petróleo vai agudizar os conflitos armados, e pronto, o change foi um belíssimo dum slogan.”
Portugal Diário
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