quarta-feira, 5 de novembro de 2008
No Bairro Alto há 100 anos...
«O drama que [se encontra acima retratado...] passou-se no Bairro Alto, um dos sítios preferidos para cenas deste género [crimes sensacionais].
«Francisco Mendes Marcelino, de 43 anos, casado, é dono duma taberna na Travessa da Espera, n.º 6. Sua mulher tinha uma sobrinha, Maria da Natividade, viúva, afilhada de Marcelino e com quem este travava relações amorosas, fingindo a tia, para não dar escândalo, que não sabia daquelas relações.
«O Marcelino ardia em ciúmes, justificados, pela amante; tendo-lhe perdoado várias traições, resolveu por fim, depois de ter a certeza de que mais uma vez era atraiçoado, pôr um ponto final naquele viver, para ele intolerável.
«Assim fez, disparando contra a Natividade três tiros de revólver. Entregou-se, sem resistência à polícia.»
In: O Século. Supplemento humoristico, Lisboa, 5 Nov. 1908, p. 2
Jura que não foi esta semana! Está muito actual.
ResponderEliminarUma violência doméstica atípica: contra a amante.
ResponderEliminarEsta Natividade, paz à sua alma, devia ser fresca, ou estava farta do padrinho.
Devia etar farta do padrinho ou gostava de variar. Mas o padrinho também devia ser fresco...
ResponderEliminarM.
Muito actual, na verdade: três tiros e resove-se um «problema», uma coisa que nos está a incomodar. É d'homem!
ResponderEliminarAcho a história deliciosa embora,o crime passional seja odioso.
ResponderEliminarA.R.