domingo, 28 de dezembro de 2008

Australia


É um grande filme: tem quase três horas. Paisagens fabulosas. Momentos de uma grande sensibilidade estética, a que os bonitos Nicole Kidman (lady Ashley) e Hugh Jackman (Drover), emprestam a sua presença. Depois ... uma drama romântico a que não falta nenhum condimento: a paixão entre pessoas de condição social desigual, criança (s) em perigo por uma lei de "reeducação" dos pequenos aborígenes separados dos pais, tão desumana quanto inexplicável no século XX (está-se em 1937 e a lei só foi alterada em 1973), a guerra selvagem do Império Japonês, a luta por uma terra, uma vida, a justiça e um sonho que junta dois seres que normalmente nunca se encontrariam, um final feliz.

Nicole Kidman, uma aristocrata inglesa chegada a um país ainda atrasado, não convence. As suas poses de lady, no início do filme, são estereotipadas e ridículas e, na fase posterior, excessivas. Hugh Jackman é um vaqueiro rude que se deixa seduzir pela aristocrata e está muito bem nesse papel. é verosímil. Os aborígenes só o parecem ser pela cor da pele, já que as feições não correspondem ao que estamos habituados a ver. Os cenários da cidade de Darwin, são exactamente isso. A criança mestiça (Brandon Walters), narradora da história tem um excelente desempenho e salva, de alguma maneira, o elenco.

Ficam a grandiosidade da paisagem australiana, a banda sonora original e a canção "Somewhere over the rainbow" que perpassa todo o decorrer da acção e que Judy Garland interpreta numa cena de "O Feiticeiro de Oz" que o pequeno Nullah vê num cinema.

Baz Luhrman foi mais feliz como realizador de "Moulin Rouge"

4 comentários:

  1. As críticas têm sido tantas, que o realizador já sentiu a necessidade de vir a terreiro defender a sua dama. Ainda não vi. Talvez vá ver.

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  2. Também ainda não vi, mas hei-de ir ver.
    M.

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  3. Li também algumas críticas mas ainda não vi. O cenário deve ser fabuloso!
    A.R.

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  4. Eu também não fiquei fã -- e sou um indefectível de "Moulin Rouge!". As sequências parecem pouco encadeadas (quando chegam os Japoneses parece um pouco metido a talho de foice, "olha, ainda quero falar sobre isto!"), Hugh Jackman está bem como vaqueiro mas menos eficaz no romance, não me convenceu. Sendo dito, as paisagens e a sequência de "O Feiticeiro de Oz" são pura magia. Mas não justificam as outras quase três horas.

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