segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

David - pintor da revolução e do Império


Jacques -Louis David (1748 -1825) nasceu em Paris no seio de uma próspera família que lhe proporcionou uma excelente educação, primeiro no Collège des Quatre -Nations, onde não se mostrou bom aluno e depois com os pintores François Boucher e Joseph - Marie Viene e nas Academia Real de França e Academia de Roma, onde obteve os seus primeiros sucessos, com desenhos sobre as ruínas romanas.

Regressado a França obteve o privilégio de se instalar no Louvre, mas voltou a Roma onde pintou algumas das suas obras primas, como O juramento dos Horácios e A morte de Sócrates, usando já uma simbologia republicana que o faria desde logo conotar com os ideais revolucionários.

Apoiou a Revolução, foi membro do Clube dos Jacobinos e amigo de Robespierre. A tela mais marcante dessa época foi A Morte de Marat.


Admirador de Napoleão e admirado pelo Imperador, pintou retratos seus, a cena da coroação e o aniversário de Josefina.

Exilado quando da Restauração, foi perdoado por Luís XVIII, mas recusou voltar a França. Em Bruxelas, onde morreu em 29 de Dezembro de 1825, pintou Cupido e Psiqué e composições de mais pequenas dimensões e retratos.

Pintor neoclassissista, tem sido objecto de inúmeros estudos, monografias, ensaios e documentários. Anatole France retratou-o em Les Dieux on soif (1912).

3 comentários:

  1. Não conhecia este auto-retrato (suponho que seja) de David. É lindo! É dele a «Coroação de Napoleão» que adoro.
    M.

    ResponderEliminar
  2. Gosto muito da sua pintura que, na minha opinião, atravessa a fronteira do neoclassissismo para o romantismo.
    Não conhecia o auto-retrato mas adoro a "Morte de Marat", a Psiqué e o Cupido, a "Coroação de Napoleão" e o famoso retrato de Napoleão que nos ofertou.
    Bonito post.
    A.R.

    ResponderEliminar
  3. Gosto muito dele como pintor, e já o mencionei aqui no blogue, embora em termos de carácter tenha as minhas dúvidas. Desde logo, por ter sido o pintor de todos os regimes e de todos os senhores com igual fervor. Mas, no fim de contas o que interessa realmente são os belos quadros.

    ResponderEliminar