Lembro-me de o ouvir declamar junto a um piano...lembro-me que tinha uma postura intensa e uma voz profunda...e foi com elas que recordei "a Tabacaria" do meu poeta preferido. Agrdecida envio-lhe um poema de Nuno Judice:
PASSAROS Mudos, mudados, mortificados, estao nos troncos pousados, na ansia solar dos telhados, sob ceus brancos e estagnados; imoveis, parecem empurrados por ventos abstractos e errados: sem asas, os corpos inclinados, mortos nos beirais desolados, sem cantos nem versos contados. Frios.Vagos.Astros petrificados.
In, Obra Poetica (1972-1985, Lisboa: Quetzal Editores, 1999,p.309 (sem assentos) A.R.
Lindo este poema! Adoro a Betania e este poema em particular.
ResponderEliminarA.R.
É um álbum fabuloso.
ResponderEliminarOuvir Villaret foi o ponto alto depois do jantar!
ResponderEliminarLembro-me de o ouvir declamar junto a um piano...lembro-me que tinha uma postura intensa e uma voz profunda...e foi com elas que recordei "a Tabacaria" do meu poeta preferido. Agrdecida envio-lhe um poema de Nuno Judice:
PASSAROS
Mudos, mudados, mortificados,
estao nos troncos pousados,
na ansia solar dos telhados,
sob ceus brancos e estagnados;
imoveis, parecem empurrados
por ventos abstractos e errados:
sem asas, os corpos inclinados,
mortos nos beirais desolados,
sem cantos nem versos contados.
Frios.Vagos.Astros petrificados.
In, Obra Poetica (1972-1985, Lisboa: Quetzal Editores, 1999,p.309 (sem assentos)
A.R.
Faz inveja a muito declamador, ou «diseur», como agora se diz. Não conhecia.
ResponderEliminarA maior parte deles nem declama, nem diz.
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