quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A história do "baba au rhum"







Pese embora a existência de várias teorias, a maior parte dos historiadores destas matérias atribuem a criação do baba au rhum a Estanislau Lecszynski, rei exilado da Polónia, duque de Lorena e sogro de Luís XV de França. E a base desta deliciosa sobremesa terá sido o kouglof, bolo presente em várias regiões da Europa Central com diversos nomes, e que Estanislau achava demasiado seco ( é a primeira das imagens que vemos supra) , tendo-se habituado a "regar" o kouglof com rum e dizendo : " C' est Ali Baba au rhum ! "
E é precisamente pela mão do pasteleiro de Estanislau, Stohrer, que nasce o baba como o conhecemos. Instalado em Paris em 1725, numa pastelaria perto das Halles que ainda hoje existe, o grande pasteleiro tem a ideia de vender mini-porções do bolo "coroado" com chantilly. É pois na montra da pastelaria Stohrer que se vê pela primeira vez o baba au rhum tal como o conhecemos.
A receita espalha-se pela Europa e dá origem a várias versões tal como ainda recentemente tive o prazer de comprovar em Nápoles. E as apresentações vão variando também com o tempo conforme se vê pelas imagens acima.
Escusado será dizer que se trata de um dos meus bolos de pastelaria preferidos. E quem for a Paris pode visitar a pastelaria onde ele nasceu: Stohrer, rue Montorgueil, 51, 75002 Paris.


Dedicado à nossa M.R., também apreciadora dos baba au rhum.




8 comentários:

  1. Obrigada.
    Acho que hoje vou comer um «Baba au rhum». Não sei muito bem onde, já que é difícil descobri-los com rum. Normalmente estão ensopados numa calda de açúcar, tendo o rum ficado na receita. Ou no nome.
    Tem de me dar essas dicas sobre onde comer bons babás em Nápoles...

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  2. Já em tempos que já lá vão, experimentei fazer um babá grande. Era bom (pelo menos ensopei-o bem em rum), mas um bocado chatinho de fazer. Logo, se me lembrar, coloco aqui a receita para quem quiser experimentar.

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  3. O que eu adoro "baba(s) au rhum"!
    Tenho de ir hoje comer um à Versailles. São muito bons.

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  4. Está a ver cara M.R., a nossa Miss Tolstoi já lhe resolveu o problema: vale a pena experimentar os da Versalhes.Também os há bons na Baixa, mas não vou dizer onde se não ainda os comem todos!

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Acabei por não comer hoje nenhum, mas de amanhã não passa.

    Miss Tolstoi,
    eu quando ia à Versalhes, o que já não acontece há um tempo, também era tentada pelos babás.

    Luís,
    vai ter de me contar esse segredo da pastelaria da Baixa. Eu só como um de cada vez...

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  7. Que venha a receita, Manuela. Não tenho jeito mas acho que voy convencer alguem a ir para a cozinha.
    E, Luís, venha lá o local da Baixa, ninguém come mais do que um de cadavez, fica prometido (até porque, caso contrário, o colesterol...). JPS

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