Papoila
http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=22514
«Não deixeis de examinar oportunamente a cabeça vulgar da Papoila, que se encontra em casa de todos os ervanários. Naquela grande cabeça, depara-se-nos uma prudência, uma previdência, dignas dos maiores elogios. Sabe-se que ela encerra milhares de grãos negros, extremamente pequeninos. Trata-se de espalhar aquelas sementes com a maior destreza e para tão longe quanto possível, caísse ou se abrisse por baixo, o precioso pó negro não formaria senão uma pasta inútil, junto da haste. As sementes, porém, só podem sair por aberturas, feitas no cimo do invólucro. Este, quando maduro, inclina-se no seu pedúnculo, oscila com a menor brisa, e espalha as sementes no espaço, com o mesmo gesto, de que se servem os semeadores.»
Maurice Maeterlinck
In: A inteligência das flores. Lisboa: Clássica Ed., 1918, p. 16
Maurice Maeterlinck, dramaturgo, ensaísta belga de língua francesa e principal expoente do teatro simbolista, recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1911. A sua obra L'intelligence des fleurs foi publicada em 1907. Durante uma breve estada em Portugal, escreveu o prefácio do discurso de Salazar, traduzido por Fernanda de Castro, Une revolution dans la paix (Paris: Flammarion, 1937).
http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=22514
«Não deixeis de examinar oportunamente a cabeça vulgar da Papoila, que se encontra em casa de todos os ervanários. Naquela grande cabeça, depara-se-nos uma prudência, uma previdência, dignas dos maiores elogios. Sabe-se que ela encerra milhares de grãos negros, extremamente pequeninos. Trata-se de espalhar aquelas sementes com a maior destreza e para tão longe quanto possível, caísse ou se abrisse por baixo, o precioso pó negro não formaria senão uma pasta inútil, junto da haste. As sementes, porém, só podem sair por aberturas, feitas no cimo do invólucro. Este, quando maduro, inclina-se no seu pedúnculo, oscila com a menor brisa, e espalha as sementes no espaço, com o mesmo gesto, de que se servem os semeadores.»
Maurice Maeterlinck
In: A inteligência das flores. Lisboa: Clássica Ed., 1918, p. 16
Maurice Maeterlinck, dramaturgo, ensaísta belga de língua francesa e principal expoente do teatro simbolista, recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1911. A sua obra L'intelligence des fleurs foi publicada em 1907. Durante uma breve estada em Portugal, escreveu o prefácio do discurso de Salazar, traduzido por Fernanda de Castro, Une revolution dans la paix (Paris: Flammarion, 1937).
Achei lindo o excerto que apresenta.
ResponderEliminarO título é fabuloso. Adoro papoilas só é pena elas perecerem nas jarras.
São flores que gostam de liberdade, nem sei como é que ela resistiu a Salazar...
A.R.
E a bela papoila, numa das suas variedades, tem sido um flagelo para a humanidade.Ou melhor, o que dela fazem.
ResponderEliminarBela escolha para uma nova série!
Não é bem uma série. Vou apenas transcrever umas linhas deste livro fascinante sobre umas quantas flores.
ResponderEliminarPapoila!... a planta que faz adormecer durante a famosa viagem do Feiticeiro de Oz!
ResponderEliminarTambém gosto de papoilas. Só é pena que, quando as apanho, já só chega o pé a casa.
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