Joseph von Eichendorff, figura notável do Romantismo literário alemão, dedicou este poema a uma noite de Inverno. Não partilhando o sentimento de tristeza aí expresso (pois sou um "fã" incondicional da estação fria), penso, todavia, ser um bom pretexto para aproximar os estimados leitores deste poeta e escritor.
Noite de Inverno (Winternacht)
O mundo inteiro está coberto de neve,
Não tenho nada que me faça feliz.
No campo, a árvore jaz abandonada,
Tombaram já há muito as suas folhas.
Apenas o vento sopra na noite calma
E faz estremecer a árvore,
E agita a sua copa levemente
E fala-lhe, como em sonhos.
E ela sonha com a próxima Primavera,
Com o verde e com nascentes murmurantes,
Quando em sua nova roupagem florida
Em louvor a Deus se tornará rumorosa.
(Tradução de Ofélia Ribeiro)
O mundo inteiro está coberto de neve,
Não tenho nada que me faça feliz.
No campo, a árvore jaz abandonada,
Tombaram já há muito as suas folhas.
Apenas o vento sopra na noite calma
E faz estremecer a árvore,
E agita a sua copa levemente
E fala-lhe, como em sonhos.
E ela sonha com a próxima Primavera,
Com o verde e com nascentes murmurantes,
Quando em sua nova roupagem florida
Em louvor a Deus se tornará rumorosa.
(Tradução de Ofélia Ribeiro)
Joseph Freiherr von Eichendorff, 1788 - 1857
Foto: www.motivschmiede.de
Desconheço este poeta. Aliás conheço pouquíssimo da poesia alemã. Só as traduções de Paulo Quintela, de João Barrento e pouco mais.
ResponderEliminarObrigada,
M.
Também não conhecia. O poema é lindo é um hino à nostalgia que o Inverno provoca. Gosto especialmente do mês de Dezembro e Janeiro. Aprecio um Inverno frio mas com mais sol que chuva, embora, esta também seja uma sinfonia quando podemos estar a vê-la através da janela. Por esta razão ouço muitas vezes Vivaldi.
ResponderEliminarLindo post, como é habitual.
A.R.
Cara A.R., obrigado pelo seu elogio. Também ouço o Vivaldi, o Inverno das Quatro Estações continua a arrepiar...
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