Dorothea Tanning, "Aniversário"
Óleo sobre tela 102 x 64,8 cm, Philadelphia Museum of Art
Dorothea Tanning nasceu em 1910, em Galesburg (EUA).
O “Aniversário” foi pintado em 1942 quando conheceu Max Ernst com quem viria a casar. Foi ele que sugeriu o título da pintura. O momento decisivo da carreira de Gorothea foi a grande exposição “ Arte Fantástica – Dadaísmo – Surrealismo” no Museum of Modern Art em 1936.
Um dos aspectos perturbadores desta tela é uma série de divisões que se alongam à distância, com o ponto de fuga da perspectiva. No quarto o vazio cresce para uma incerteza inexplicável. É difícil evitar uma impressão de déjà-vu. Em primeiro plano uma jovem loura (com as características da autora, auto-retrato?) de uma beleza sublime tem a partir da cintura um conjunto de raízes espinhosas ou molhos de algas que, a meu ver, são o ponto máximo da fantasia. Será um fantasma, uma bruxa ou simplesmente uma linda mulher?
A hibridez do animal, parte águia, parte morcego, parte gato, com uma longa cauda, que, como um grifo mítico, está agachado no chão e olha para o espectador com um olhar fixo e maligno através dos olhos diabólicos. O vazio e despovoado labirinto de divisões que conduzem a um destino incerto levam-nos a interrogar o que estará para lá daquelas portas… a liberdade?
Notas retiradas de: Walter Schurian, Arte Fantástica, Lisboa: Taschen – Público, 2005, p.56.
O “Aniversário” foi pintado em 1942 quando conheceu Max Ernst com quem viria a casar. Foi ele que sugeriu o título da pintura. O momento decisivo da carreira de Gorothea foi a grande exposição “ Arte Fantástica – Dadaísmo – Surrealismo” no Museum of Modern Art em 1936.
Um dos aspectos perturbadores desta tela é uma série de divisões que se alongam à distância, com o ponto de fuga da perspectiva. No quarto o vazio cresce para uma incerteza inexplicável. É difícil evitar uma impressão de déjà-vu. Em primeiro plano uma jovem loura (com as características da autora, auto-retrato?) de uma beleza sublime tem a partir da cintura um conjunto de raízes espinhosas ou molhos de algas que, a meu ver, são o ponto máximo da fantasia. Será um fantasma, uma bruxa ou simplesmente uma linda mulher?
A hibridez do animal, parte águia, parte morcego, parte gato, com uma longa cauda, que, como um grifo mítico, está agachado no chão e olha para o espectador com um olhar fixo e maligno através dos olhos diabólicos. O vazio e despovoado labirinto de divisões que conduzem a um destino incerto levam-nos a interrogar o que estará para lá daquelas portas… a liberdade?
Notas retiradas de: Walter Schurian, Arte Fantástica, Lisboa: Taschen – Público, 2005, p.56.
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