sábado, 14 de fevereiro de 2009

Poesia e Amor: Almeida Garrett. 2

OLHOS NEGROS

Por teus olhos negros, negros
Trago eu negro o coração,
De tanto pedir-lhe amores...
E eles a dizer que não.

E mais não quero outros olhos,
Negros, negros como são;
Que os azuis dão muita esp'rança,
Mas fiar-me eu neles, não.

Só negros, negros os quero;
Que em lhes chegando a paixão,
Se um dia disserem sim...
Nunca mais dizem que não.

Almeida Garrett, Folhas Caídas e Outros Poemas, Lisboa: Livraria Clássica, 1970, p. 35

3 comentários:

  1. Ai os olhos negros!
    Parabens pelas escolhas poeticas.

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  2. São mil as ondas
    Nas praias de Sumi.
    Ao longo da noite
    No carreiro dos meus sonhos
    Corro em segredo para ti.

    FugiwaraNo Toshiyuki (890-907)
    Japão

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  3. Obrigada Luís Barata e boa viagem! Obrigada Miss Tolstoi bonito poema à maneira oriental!

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