Blake um poeta da preferência de Frank Lloyd Wright e uma das escolhas de Vasco Graça Moura.
Júlio Pomar, O tigre
O TIGRE
Tigre, tigre, chama pura
Nas brenhas da noite escura.
Que olho ou não imortal cria
Tua terrível simetria?
De que abismo ou céu distante
Vem fogo coruscante?
Que asas ousa nesse jogo?
E que mão se atreve ao fogo?
Que ombro & arte te armarão
Fibra a fibra o coração?
E ao bater ele no que és,
Que mão terrível? Que pés?
E que martelo? Que torno?
E o teu cérebro em que forno?
Que bigorna? Que tenaz
Pró terror mortal que traz?
Quando os astros lançam dardos
E o seu choro os céus põe pardos,
Vendo a obra ele sorri?
Fez anho e fez-te a ti?
Tigre, tigre, chama pura
Nas brenhas da noite escura.
Que olho tão imortal cria
Tua terrível simetria?
William Blake, in Vasco Graça Moura- Os poemas da minha vida, Lisboa: Público- Comunicação Social, SA, p.60.
Tigre, tigre, chama pura
Nas brenhas da noite escura.
Que olho ou não imortal cria
Tua terrível simetria?
De que abismo ou céu distante
Vem fogo coruscante?
Que asas ousa nesse jogo?
E que mão se atreve ao fogo?
Que ombro & arte te armarão
Fibra a fibra o coração?
E ao bater ele no que és,
Que mão terrível? Que pés?
E que martelo? Que torno?
E o teu cérebro em que forno?
Que bigorna? Que tenaz
Pró terror mortal que traz?
Quando os astros lançam dardos
E o seu choro os céus põe pardos,
Vendo a obra ele sorri?
Fez anho e fez-te a ti?
Tigre, tigre, chama pura
Nas brenhas da noite escura.
Que olho tão imortal cria
Tua terrível simetria?
William Blake, in Vasco Graça Moura- Os poemas da minha vida, Lisboa: Público- Comunicação Social, SA, p.60.
Belo poema.
ResponderEliminarM.