Biografias, autobiografias e afins - 28

Já li várias recensões sobre esta recente biografia de Chagall, escrita por Jackie Wullschlager, e todas elas concordam que é uma excelente biografia de um dos grandes pintores do séc.XX. Agora, não é aconselhável a quem não consegue destrinçar o artista do homem, porque mais uma vez, como já se tem falado aqui no blogue, nem sempre ao grande artista corresponde um grande ser humano.
São revelados todos os grandes êxitos de Chagall,um dos pioneiros do modernismo, génio da cor, mas também o seu "lado negro": mau pai, mau filho-que nem sequer foi aos funerais dos pais, e mau marido, sobretudo para a sua mulher Bella, que morreu em 1944 algo negligenciada por Chagall que apenas culpou os médicos.
E parece que Chagall deixava muito a desejar como amigo, especialmente com os que tinham ficado na Rússia, a quem escrevia sabendo que tais cartas só lhes causariam problemas ( foi o caso do seu antigo professor Yuri Pen, assassinado um mês depois de receber a carta de Chagall) .
De qualquer maneira, são 600 páginas que passam a ser incontornáveis para quem queira conhecer todas as facetas da vida deste enorme artista.

- Chagall. A biography, Jackie Wullschlager, Alfred A. Knopf, 2008.