terça-feira, 17 de março de 2009

“A cultura para os pobres não pode ser uma pobre cultura”, José António Abreu

Um Maestro com Humanidade, José António Abreu!

Li na revista Território Artes um artigo que me deixou satisfeita pela divulgação da música na construção de um mundo melhor.

Há três décadas que a Venezuela está a desenvolver um projecto e a fazer uma das maiores revoluções culturais do mundo ocidental. A ele está ligado o maestro José António Abreu, pianista, o criador de “El Sistema”: orquestras infantis e juvenis, para retirar crianças dos meios de violência e pobreza dos núcleos urbanos.
O maestro iniciou o projecto em 1975 e agora, passados 30 anos, os resultados são visíveis: perto de 1 milhão de crianças tiveram formação musical superior. Foram criadas 122 orquestras e 181 escolas de música, que envolvem 15 mil professores e 300 mil alunos têm formação gratuita todos os anos.
Crianças sem recursos puderam, assim, interessar-se pela música e encontrar nela uma família.
“O maestro deu o que tinha para oferecer: Bach, Mozart e Beethoven!”*

O Ciclo de Grandes Orquestras Mundiais, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian, vai ter uma amostra do “Sistema”, através da Orquestra Sinfónica Juvenil Venezuelana Simon Bolívar, dirigida pelo jovem maestro Gustavo Dudamel a 24 de Abril , deste ano, no Coliseu de Lisboa.

*Nuno Roby Amorim - “O Sistema, a nova revolução Venezuelana”, Território Artes, nº2, Lisboa: dgartes, Ministério da Cultura, 2008, p. 30-45.

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