Estão a decorrer os dias da música no Centro Cultural de Belém (Lisboa) este ano sob o signo de Bach... ou melhor a herança de Bach.
O Concerto Inaugural decorreu ontem (sexta, 24 de Abril) pelas 20 h. Na primeira parte esteve apenas um solista em palco... mas que solista: o pianista turco Fazil Say.
Tocou-nos a Suite Francesa N.º 6 em Mi Maior (BWV 817) com uma mestria e uma habilidade diria única no jogo entre a mão esquerda e a mão direita. Por vezes o braço esquerdo dirigia, como um maestro, os movimentos únicos do braço (mão) direito que tocava. Ao mesmo tempo que tocava cantarolava a música que em certos momentos se conseguia ouvir (ou intuir) sobreposta ao toque do piano.
Tive orgulho em ter estado num espectáculo de Fazil Say.
Tive orgulho em ter estado num espectáculo de Fazil Say.
Depois foi a herança de Bach. O mesmo Say tocou-nos uma fantasia em sol da sua autoria inspirada (ou quase decalcada) em Bach.
Fui um entusiasta das várias edições da Festa da Música, com todos os defeitos que o modelo e a sua concretização tb tinham. Por contraste, nunca fui aos dias da música, essencialmente pela repulsa que senti face ao processo que conduziu de "uma" aos "outros". Erro meu, se calhar, pelo que perco. Mas perdendo-se o encanto, é difícil participar.
ResponderEliminarLucky you!
Eu fui a quase todas as edições da Festa da Música e também tenho ido aos Dias da Música, que se vê feita com muito menos recursos. Mas tenho visto bons espectáculos. E este foi um deles, de um pianista que não conhecia.
ResponderEliminarM.
Caro JP
ResponderEliminarPor vezes o processo de passagem de "um" aos "outros" tem, ou pode ter, problemas.
Estive também presente no espectáculo do Uri Caine Trio... como espectáculo foi bom, mas não como Bach. Pensei, para comigo próprio, quantas voltas não estará Bach a dar no Túmulo ao "ouvir" as interpretações/variações da sua música, em jazz... O que Ben Perowsky tocou, magnificamente, na bateria não era Bach... era Perowsky.
Gostei, mas sempre pensando que não estava a ouvir Bach.
Uri Caine, ao piano, e John Hebert, no contrabaixo, completavam o trio. Tiveram momentos de encanto, mas como herdeiros de Bach.
Caro JP
ResponderEliminarSei que os seus de "uma" aos "outros" se referia da Festa da Música aos dias da música. Aproveitei foi o "trocadilho" para falar do Bach e dos seus herdeiros ...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEu também fui um entusiasta da Festa da Música, e alguns anos até fui com alguns amigos aqui do blogue, mas tive o mesmo sentimento de rejeição enunciado pelo JP aquando da "transição" para o actual modelo.
ResponderEliminarEste ano, nem sequer vi a programação. Pelos vistos, parece que houve bons espectáculos. Ainda bem para os que foram.
Fazem mal!...
ResponderEliminarM.
Pois fazemos! :) mas é da natureza humana, suponho... Talvez algum dia, ahh, ano!
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