Pôr no peito a liberdade
Dobada na sua entrega
Compondo alma e avesso
Que mesmo assim não sossega
Liberdade sem bandeira
em país reencontrado
Coração incendiado
Num Portugal que por certo
Não lhe quer perder o hábito
Flor posta à botoeira
cousa que brota e não cessa
E rara experiência é essa
poder escrever liberdade
sendo livre e já sem pressa
Maria Teresa Horta
In: Na liberdade: antologia poética: 30 anos-25 de Abril. Peso da Régua: Garça, 2004, p. 205
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