O olho donde sai um rio representa fielmente o meu e a mão por onde escorrem as águas, lágrimas, também é a minha . As duas figuras femininas retratam mais o meu sentir naquela época, do que me retratam a mim. Apesar de não ter tentado representar fielmente a minha imagem, cada uma delas sou eu. Está lá o fogo da paixão, que me representa, pois que é o meu elemento astrológico (Sol-Fogo) e a água ( de Neptuno) da minha profunda, e por vezes dolorosa, sensibilidade. Na pintura 1975i, auto retratei-me como duas mulheres em conflito entre si. O meu lado luminoso e o meu lado de sombra.
No meu blog escrevi uma vez que considerava que todas as minhas pinturas eram auto retratos. Pelo menos ponho um pouco da minha alma em cada pintura que faço”.
Gosto imenso desta composição, dos corpos das duas mulheres em conflito, do olhar penetrante, do rio que as une e divide a tela em três planos, da cor terra dos corpos e do cinza leve que atravessa os vários planos. Obrigada.
No blog "constante procura" podemos encontrar a obra de Emília Matos e Silva
Permita-me que lhe diga, Emília Matos e Silva, que vejo três mulheres nesta sua tela: a cerebral, a emotiva e a contraditória/sombra. Isto é, distingo os dois corpos e mais a mulher do rosto. Claro é a minha visão. Gostei do seu texto.
ResponderEliminarA.R.
De facto podem ser vistas 3 mulheres. Apesar disso o que pretendia era falar da dualidade que existe na minha personalidade e que quis retratar.
ResponderEliminarEmília Matos e Silva