Lewis Carroll era um amante do teatro e da arte. Depois de ver a peça de Shakespeare Henrique VIII, interpretada por Charles Kean e Ellen Tree, escreveu no seu diário:
“Foi como que um delicioso sonho acordado poesia da mais bela. Eis a verdadeira finalidade, a genuína função do teatro: elevar o espírito acima de si próprio, libertá-lo da mesquinhez das preocupações do dia-a-dia...”
“Foi como que um delicioso sonho acordado poesia da mais bela. Eis a verdadeira finalidade, a genuína função do teatro: elevar o espírito acima de si próprio, libertá-lo da mesquinhez das preocupações do dia-a-dia...”
Charles Ken e Ellen Tree, dois actores vitorianos excelentes intérpretes de Shakespeare
Carroll apaixonou-se pelos pré-rafaelitas e conviveu com eles. Salientam-se nas suas relações Sir John Everett Millais , William Hunt, Richard Dadd e Joseph Noel Paton. Este último pintou um quadro que o fascinou:
Joseph Noel Paton, O Sonho de uma noite de Verão: A discussão e Reconciliação de Oberon e Titânia (1847)
Também o pintor Richard Dadd alimentou a sua fértil imaginação. Como personagens destes dois quadros podem encontrar-se fadas, duendes, pequenos seres e uma atmosfera de fantasia e doçura tão do agrado de Carroll.
Richard Dadd, O Golpe de Mestre do lenhador Mágico
Os textos que criou foram influenciados pela arte, a fotografia e o teatro.
Stphen Lovett Stoffel, Lewis Carroll no país das maravilhas, Lisboa: Quimera, 2003, (tradução de Margarida Viegas) p. 46 a 54.
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