Retrato de Nun'Álvares donato carmelita, pintura em tábua do século XVI, atribuída ao mestre de São Bento pelo Dr. José de Figueiredo. - Deve ser cópia de um original de mestre Floretim, oferecido pelo prior D. Frei joão Manoel ao convento do Carmo, onde ornava o espaldar do arcaz maior da sacristia e onde foi destruído pelo incêndio em 1755. (p.9 livro cit.)
"Carta do Sr. Dr. José de Figueiredo ao sr. Dr. Alfredo da Cunha, a propósito do retrato de Nun’Álvares pintado pelo mestre de São Bento e existente no Palácio de Pombal em Oeiras. (Diário de Notícias, 17 de Agosto de 1916)
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Meu amigo:
Venho dar-lhe uma boa nova. Encontrei um dos «primitivos» que, com mais interesse, procurava: - o retrato de Nun’Álvares. E encontrei-o onde menos o podia esperar, em um edifício do século XVIII, o Palácio de Pombal, de Oeiras. Estava no corpo da igreja e, apesar de bastante repintado e de o ter visto de longe, do alto do coro, logo me pareceu não se tratar de mais uma dessas cópias em que foi fértil o século XVII, tal era o carácter com que, apesar de tudo, essa pintura me aparecia. Examinando-a em seguida, de perto, a minha primeira impressão manteve-se, sendo confirmada depois quando, após a limpeza que, com autorização de seus donos, lhe fez o ilustre e benemérito artista que é Luciano Freire, o painel apareceu no seu aspecto original (…)".
(Continua)
D. António dos Reis Rodrigues, Nun’ Álvares Condestável e Santo, Lisboa: Alêtheia Editores, 2009, p. 101-102.
Venho dar-lhe uma boa nova. Encontrei um dos «primitivos» que, com mais interesse, procurava: - o retrato de Nun’Álvares. E encontrei-o onde menos o podia esperar, em um edifício do século XVIII, o Palácio de Pombal, de Oeiras. Estava no corpo da igreja e, apesar de bastante repintado e de o ter visto de longe, do alto do coro, logo me pareceu não se tratar de mais uma dessas cópias em que foi fértil o século XVII, tal era o carácter com que, apesar de tudo, essa pintura me aparecia. Examinando-a em seguida, de perto, a minha primeira impressão manteve-se, sendo confirmada depois quando, após a limpeza que, com autorização de seus donos, lhe fez o ilustre e benemérito artista que é Luciano Freire, o painel apareceu no seu aspecto original (…)".
(Continua)
D. António dos Reis Rodrigues, Nun’ Álvares Condestável e Santo, Lisboa: Alêtheia Editores, 2009, p. 101-102.
D. António dos Reis Rodrigues, Bispo titular de Madarsuma
Interessante a referência às múltiplas cópias de retratos que eram habituais na época. Claro, os originais distinguem-se das réplicas.Aguardamos a continuação...
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