Em Richmond escreveu oito conjuntos de escritos intitulados “magazines familiares”, o primeiro, Poemas Úteis e Instrutivos.
Em 1850 Carroll matricula-se em Christ Church, prestigiado colégio de Oxford, onde entre 1850 e 1853 publica O Guarda-Chuva do Presbitério de autoria exclusiva. Nele utilizou o nonsense e o absurdo surgiu sob a aparência de lógica. Deste escrito escolhi o seguinte excerto:
Abrigado sobo Guarda-Chuva do Presbitério, o leitor não sofre de tédio nem de mau humor. (c.1850)*
“Artigos zoológicos
Nº 1 Os Elfos
Ignora-se ainda as origens desta raça de duendes com cerca de dois pés de altura, de formas delicadas e graciosas. Usam uma espécie de peliça acastanhada; os seus rostos ostentam doçura e jovialidade: o primeiro destes dois atributos explica o feroz apetite das raposas pelos elfos. Coleridge oferece-nos alguns dados suplementares: possuem «asas diáfanas», que lembram as das libélulas; bebem «o aromático orvalho nas flores de tojo» (mas só ao pequeno-almoço, dado que o orvalho seca antes do meio-dia), e gostam de «revolutear alegremente sobre os pés mágicos», ou em termos mais prosaicos, de «dançar freneticamente a polca» (…). Demonstram razoáveis dotes de arquitectura, se bem que, por motivos óbvios, as suas residências se assemelhem um pouco a grandes casotas de cão. (…)”
* Imagens digitalizadas do livro citado p.20
Stphen Lovett Stoffel, Lewis Carroll no país das maravilhas, Lisboa: Quimera, 2003, (tradução de Margarida Viegas) p.16-20 e 130-131.
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