terça-feira, 30 de junho de 2009

60 anos de uma nação: 1985

40 anos após a sua destruição durante o Segunda Guerra Mundial, é reinaugurada uma das mais célebres casas de ópera alemãs: a Semperoper de Dresden. A reconstrução do exterior e interior do edifício ascendeu a 225 milhões de marcos. O esplendor antigo renasceu, o que é motivo de alegria de milhares de habitantes desta cidade que assistem a uma cerimónia solene ao ar livre apesar de temperaturas gélidas de 14 graus negativos. Erich Honecker, Chef de Estado da RDA e do Partido SED, discursa durante o acto. A primeira ópera a ser representada é o Freischütz de Carl Maria von Weber. A mesma obra tinha subido para o palco como última produção operática antes dos bombardeamentos na noite de 13 para 14 de Fevereiro de 1945. Seis esculturas – de Schiller, Goethe, Shakespeare, Sófocles, Molière e Eurípides – provêm do primeiro edifício, destruído durante um incêndio em 1869.

“O dia 8 de Maio de 1945 foi um dia de libertação. Libertou-nos a todos do sistema da ditadura nacional-socialista que desprezava o ser humano.” Eis as palavras de um dos mais emblemáticos discursos de um político alemão do pós-guerra. Quem as profere no Bundestag, é o Presidente da República da RFA, Richard von Weizsäcker, por ocasião do 40º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial. Von Weizsäcker revê no dia 8 de Maio de 1945 claramente a oportunidade de um recomeço democrático e não a capitulação da Alemanha. A mensagem deverá afastar dúvidas de alemães que associam ao fim da guerra apenas a derrota alemã e não o início do mais próspero capítulo da História Alemã. O discurso é aplaudido pela comunidade internacional.


Boris Becker vence o torneio de Wimbledon. O jovem de 17 anos, natural de Leimen no Sul da Alemanha, termina o jogo final em quatro sets, 6-3, 6-7, 7-6, 6-4, afastando assim o americano Kevin Curren. Becker entra na história do ténis: é o jogador mais novo a ganhar em Wimbledon e é o primeiro alemão a triunfar no mais prestigiado torneio da modalidade. Três anos depois, seria Steffi Graf a seguir o exemplo.

Imagens: Semperoper em Dresden; Richard von Weizsäcker; Boris Becker e Steffi Graf

1 comentário:

  1. Foi uma boa surpresa.
    "A primeira ópera a ser representada é o Freischütz de Carl Maria von Weber. A mesma obra tinha subido para o palco como última produção operática antes dos bombardeamentos na noite de 13 para 14 de Fevereiro de 1945".

    Foi bonito, emblemático e corajoso reabrir com esta ópera!
    Espantoso!

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