Meryl Streep, uma das mais conceituadas actrizes da história do cinema, celebra hoje o seu 60º aniversário.
Oriunda de New Jersey, a sua formação passou por uma licenciatura de Vassar College, uma das mais exclusivas escolas americanas, e um mestrado da Yale School of Drama. Tendo começado a sua carreira no teatro em Nova Iorque em meados dos anos 70, a sua interpretação em "27 Wagons Full of Cotton", de Tennesse Williams, granjeou-lhe uma nomeação para o Tony como Melhor Actriz.
A sua primeira presença no cinema foi em 1977 com "Julia", ao lado de Vanessa Redgrave e Jane Fonda. Em 1978, entra na série televisiva "Holocausto", referida hoje pelo Filipe Vieira Nicolau, conquistando um Emmy.
Holocausto, 1978
Ainda como secundária, mereceram destaque as suas interpretações em "Deer Hunter/O Caçador" (1978, recebendo a sua primeira nomeação para os Óscares), "The Seduction of Joe Tynan" (1978) e "Kramer contra Kramer" (1979, em que conquista o Óscar de Melhor Actriz Secundária), tendo ainda um pequeno papel em "Manhattan" (1979) de Woody Allen.
Kramer contra Kramer, 1979
Os papéis principais começam a surgir, frequentemente acompanhados de nomeações para os Óscares: "A Amante do Tenente Francês" (1981) junta-a a Jeremy Irons sob a direcção de Karel Reisz e recebe o epiteto de "camaleão"; nova colaboração com Robert Benton para "Na Calada da Noite" (1981), um thriller Hitchcockiano com Roy Scheider; "A Escolha de Sofia" (1982) torna-a uma sobrevivente de um campo de concentração nazi e obtém-lhe o seu segundo e último Óscar, desta feita como Melhor Actriz.
Amante do Tenente Francês, 1981
Seguem-se "Silkwood" (1983), em que encarna a sindicalista Karen Silkwood e contracena com Kurt Russell e Cher, "Falling in Love" (1984), um excelente (mas sub-apreciado) drama romântico com Robert de Niro, e "Plenty" (1985), baseada na peça de David Hare.
Silkwood, 1983
"África Minha" (1985), de Sydney Pollack, reforça-lhe a consagração, ao interpretar a vida da Baronesa dinamarquesa Karen Blixen no Quénia, contracenando com Robert Redford e Klaus Maria Brandauer.
África Minha, 1985
Seguiram-se dois dramas com Jack Nicholson, "Heartburn" (1986), de Mike Nichols e com argumento de Nora Ephron, e "Ironweed" (1987), do brasileiro Hector Babenco (a primeira vez que canta em filme); em 1988, protagoniza "A Cry in the Dark", sobre o julgamento de uma mãe australiana no desaparecimento do seu filho. 1989 fá-la entrar no registo cómico, com "She Devil", ao lado de Roseanne Barr; segue-se-lhe "Postcards from the Edge" (1991), uma dramedy com Shirley MacLaine baseada na novela autobiográfica de Carrie Fisher, em que também canta.
A Morte Fica-vos Tão Bem, 1992
Não entrando em todas as suas actuações pós-1990, destaques para "Death Becomes Her/A Morte Fica-vos Tão Bem" (1992), comédia de Robert Zemeckis em que contracena com Goldie Hawn, Bruce Willis e Isabella Rossellini; "A Casa dos Espíritos" (1992), de Bille August, baseado no romance de Isabel Allende; "As Pontes de Madison County"(1995), de e com Clint Eastwood.
As Pontes de Madison County, 1995
"As Horas" (2002), de Stephen Daldry, um argumento de David Hare baseado na obra de Michael Cunningham, fazem-na contracenar com Nicole Kidman e Julianne Moore.
As Horas, 2002
Neste ano, surge ao lado de Al Pacino, Emma Thompson, Mary-Louise Parker, Justin Kirk e Patrick Wilson para interpretar múltiplos papéis em "Angels in America" (2002), uma mini-série televisiva baseada nas duas peças de Tony Kushner, que haviam recebido o Pulitzer e os Tony de Melhor Peça em 1993 e 1994.
Angels in America, 2002
Regressando ao cinema, continuou a sua saga de excelentes interpretações, tendo a sua interpretação na comédia "O Diabo Veste Prada" (2005) sido muito bem recebida.
O Diabo Veste Prada, 2005
As suas interpretações de 2008 obtido nomeações para os Globos de Ouro como Melhor Actriz em Comédia ("Mamma Mia!") e Drama ("Dúvida").
Mamma Mia, 2008 Dúvida, 2008
Até hoje, Meryl Streep conta com 15 nomeações para os Óscares (tendo conquistado dois), e 23 nomeações para os Globos de Ouro (conquistou seis) - ambos os casos são records de nomeações. Além destes prémios, já recebeu dois Emmys, dois Screen Actor Guild Awards, o prémio de Cannes, quatro nomeações para os Grammy Awards, um BAFTA, um David di Donatello, o Urso de Prata do Festival de Berlim e uma nomeação para os Tony.
Longe vão os tempos de ter fracassado ao tentar a sua sorte no cinema em audições para "King Kong" (1976), de Dino de Laurentiis (aparentemente, o produtor terá dito em italiano para alguém na sala que era feia, para quê vê-la, ficando desconcertado quando Streep terá respondido em italiano fluente). Que teria acontecido se se tivesse desmoralizado...?
Fotografias - Meryl Streep por Brigitte Lacombe, film production stills courtesia de SimplyStreep.com
Parabéns a Meryl Streep !
ResponderEliminarParabéns à Meryl Streep e ao João por ter dado uma perspectiva da carreira desta actriz que aprecio.
ResponderEliminarA.R.
Destes filmes todos tenho imensa pena por ter perdido a Dúvida, espero poder ver em breve.
ResponderEliminarA.R.
Parabéns!
ResponderEliminarM.
É A MAIOR!!
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