terça-feira, 16 de junho de 2009

Elysée Montmartre


Adolphe Léon Willette
Cartaz, 1890-1900



Jules Chéret (1836-1932)
Cartaz, 1891


Este cabaré, onde se dançava o cancan, abriu em 1807. Foi aqui que se estreou Louise Weber - a Rainha de Montmartre -, mais tarde, estrela do Moulin-Rouge.
Ficou imortalizado, nas letras, por Zola em A taberna, e, na pintura, por Toulouse-Lautrec.
Em 1900, vítima de um incêndio, foi objecto de uma redecoração. No pós-Guerra foi palco de boxe e wrestling, mais tarde um clube de striptease, sendo actualmente uma casa de espectáculos.


Toulouse-Lautrec - À l'Elysee Montmartre

«A taberna do tio Colombo, ficava situada à esquina da rua Poissoniers, no boulevard Rouchechouart. A palavra DESTILAÇÃO, em letras largas e azuis, apanhava todo o comprimento da tabuleta. À porta em duas meias pipas, viam-se uns loureiros empoeirados. À esquerda da entrada ficava o balcão enorme, com duas fileiras de copos, uma torneira e umas poucas medidas de estanho: e toda a vasta sala era guarnecida em volta, por grandes tonéis pintados de amarelo claro, reluzentes do verniz, com os arcos e as torneiras de cobre cintilantes e cor de ouro. Mais acima, sobre as prateleiras, havia garrafas de licor, compoteiras com frutas, frascos de toda a espécie, muito bem arrumados, ocultando as paredes e reflectindo no espelho que estava colocado por detrás do balcão, as suas vivas cores verde-maçã, ouro pálido e laca suave. Mas o que constituía a curiosidade da casa e que ficava ao fundo, para lá da cancela de carvalho, no pátio de tecto envidraçado, era um aparelho de destilação que os fregueses viam funcionar, com os alambiques de tubagens coleantes e serpentinas que vinham até ao chão, espécie de cozinha do diabo, perante a qual se extasiavam os operários fascinados
Emile Zola
In: A taberna. 5.ª ed. rev. Lisboa: Guimarães, s.d., p. 39

www.elyseemontmartre.com/
72 boulevard de Rochechouart
Paris

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