Julgo que já vi este retrato pelo menos a cara não me é estranha! Não tenho aqui o livro onde julgo encontraria a resposta mas isto manifesta que não sou capaz de responder ao desafio. Vou apontar duas possibilidades: Será D.Filipe II de Espanha ou o seu sucessor, D. Filipe III?
Valeu. É interessante este desafio! Alguma maldade junta que eu merecia porque fiz o mesmo a JP.
Não, não, pela parte que "me" toca, não é o retrato de D. João Manuel que mencionei(tem ar de ter uns 15 anos). Continuando a restringir palpites, dou pelo menos um: se é infante, estamos no espaço ibérico... ;)
Bom, agora só resta ligar um infante a um cavalo. Não sendo o dito branco de Napoleão, não podendo ser Ricardo III numa premonição de Bosworth,:) eliminando os palpites anteriores da Ana iria por um trágico infante, isto se o não tiver sido sempre no sentido rigoroso do termo.
Escrevi "e no cavalinho pode estar uma parte da solução"; Ana transformou essa frase em: "Se no cavalinho está em parte a resposta" (o que é uma forma menos correcta)... Existe uma diferença entre a primeira e a segunda frase...
A presença do brinquedo é importante, mas não no sentido que JP está a dar. Atenção à moda e em especial à forma da gola da camisa.
Respondendo ao último comentário de JP: é sempre "trágico" quando a parca cumpre o seu dever cedo de mais...
E a pergunta foi formulada desta forma: "E este retrato de Infante quem representa?" (A língua portuguesa (e julgo que é a única da europa) permite-nos isso, não colocar o género)...
A gola é contemporânea da época camoniana. Correcto? Parcas podem ser Moiras/mitologia grega...Não conheço nenhum retrato de Camões em criança, por isso excluo... Mitologia grega há bastante nos Lusíadas. Parca pode ser "Morta"ou "Átropos". Morreu cedo demais... Podem ser o seguintes filhos de D. João III: - D. Manuel (n. em Alvito, a 1 de Novembro de 1531; f. em Évora, a 14 de Abril de 1537; sepultado no Mosteiro dos Jerónimos). Nas Cortes celebradas em Évora, no ano de 1535, foi jurado herdeiro da coroa;
- D. Filipe (n. em Évora, a 25 de Março de 1533; f. em 29 de Abril de 1539; sepultado no Mosteiro dos Jerónimos). Por morte de seu irmão D. Manuel foi jurado herdeiro da coroa;
- D. Dinis (n. em Évora, a 6 de Abril de 1535; f. na mesma cidade, a 1 de Janeiro de 1537; sepultado no Mosteiro dos Jerónimos http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/joao3.html
Haverá mais pistas?
Será que pode dar a solução? Já ganhou o ponto de vista que era dar-me uma lição. JP foi mais delicado (ele é que poderia estar furioso comigo).
Parca, deusa da morte, que corta o fio do novelo da vida. Acertou na época da gola da camisa (época camoniana) mas Camões só morreu em 1579 (segundo uns, e segundo uma lápide funerária antiga) ou em 1580 (segundo outros). O brinquedo "cavalinho" é importante para determinar que é um elemento do sexo masculino. Ajudo mais, na pintura era Infante, mas antes de morrer era Principe de Portugal.
Acertou também quando diz morreu cedo de mais... Nasceu Infante e morreu Principe de Portugal... Luís Barata pediu para eu instituir um pequeno prémio para quem acertar. Julgo que agora já é um pouco mais fácil. Não ajudo mais e dou um livro a quem acertar... até Domingo
Tem piada. Estava + inclinado para o Príncipe D. Carlos, que nasceu Infante das "Espanhas". Mas se é português (e este Príncipe D. Carlos teria sido o nosso D. Carlos I, caso tivesse sobrevivido a D. Sebastião), não vejo grande alternativa ao D. João Manuel, que a Ana, faz tempo, tinha indicado. Logo, se não é D. João Manuel, na 2.ª metade do séc. XVI, como parece pelo traje, não vejo alternativa (não fora o D. Filipe, tb citado pela Ana, mas com idades que não parecem compatíveis com o quadro - tinha que ter menos de 4 anos) para um Infante que morreu Príncipe de Portugal. Suponho que falamos de Príncipe em sentido próprio, isto é de herdeiro do Rei, publicamente reconhecido como tal (tem piada, agora vejo que o Cardeal-Rei nunca foi Cardeal-Príncipe, apesar de ser o n.º 1 na linha de sucessão, ao contrário, por exemplo, do Infante D. Fernando antes do nascimento do sobrinho/a).
Ora, ora, a ajuda anterior é apenas a garantia de que falou com propriedade quando dizia que era príncipe de Portugal. Eliminemos então: D. Manuel I só teve dois príncipes, que aliás já nasceram com essa qualidade. Mas tb nunca poderia este P. ser D. Miguel da Paz ou o futuro D. João III. D. João III, a coisa é mais complexa, mas temos que avançar... D. Sebastião não teve príncipe, enquanto tal. O Cardeal foi Infante até Agosto de 1478 e o outro incontestável herdeiro era simplesmente o Senhor D. Duarte. Assim sendo, para a frente é que é o caminho e a coisa parece bem resolvida se o Infante, embora morto príncipe de Portugal, nunca tiver sido infante de Portugal, mas sim das "Espanhas". Assim sendo, e a cara é habsburguiana, poderia ser D. Diego, filho de D. Filipe I de Portugal, n. em 1575 e tornado herdeiro do trono em 1578, pela morte do irmão mais velho, Fernando. D. Diego que, Príncipe das Astúrias então, só morreu em 1582, assim ainda podendo "beneficiar" das promessas das cortes de Tomar. Se não for assim, desisto! :)
Está certo é D. Diego Félix de Áustria, terceiro filho do casamento de Filipe II e de Ana de Áustria, nasceu infante (pois estava vivo o seu irmão Fernando) e foi jurado herdeiro de Portugal.. Depois faço a entrega do livro. Obrigado a todos...
Esqueceu-me de dizer que o pintor foi Sanchez Coello Alonso (1531-1588), que o quadro está assinado e datado, de 1577, e que se encontra em Madrid, numa Colecção Particular. E, já agora, parabéns ao seu proprietário.
Uma gralha no comentário das 20:17 transformou 1578 em 1478. Todos nós temos um grande bando desses passarões no quintal. A razão de existirem alguns comentários eliminados ficou-se a dever apenas à revoada...
1478? Glups! Agora é a Ana que pode tirar desforra da minha correcção no C Verde. :) É curioso como a propaganda nos molda tanto: eu que me gabo de um conhecimento genealógico da família real portuguesa razoável, tenho um buraco negro entre 1580 e 1640... se calhar imerecido, até de um ponto de vista patrioteiro. Bom, venham + desafios! It was fun! Obrigado! Entretanto, isto pôs-me a pensar: e se o senhor D. Duarte tivesse vivido só mais quatro anos? Teria sucedido incontestavelmente a seu tio D. Henrique. E, depois, claramente que seria a irmã, D. Catarina, ou o sobrinho de Parma a recolher a herança, estando sempre um e outros em larga vantagem face a D. Filipe. Enfim, isto de ir pelos ses é como prever a próxima imagem de um caleidoscópio. Bon voyage ao desafiante! Entretanto, tb vou uma semana de férias.
Respeito a dedicatória e não dou palpite (selvagem, à letra). Mas o cavalinho é delicioso!
ResponderEliminarTenho algum tempo? É que de momento não encontro resposta. Voltarei.
ResponderEliminarJulgo que já vi este retrato pelo menos a cara não me é estranha! Não tenho aqui o livro onde julgo encontraria a resposta mas isto manifesta que não sou capaz de responder ao desafio.
ResponderEliminarVou apontar duas possibilidades:
Será D.Filipe II de Espanha ou o seu sucessor, D. Filipe III?
Valeu. É interessante este desafio! Alguma maldade junta que eu merecia porque fiz o mesmo a JP.
O cavalinho é uma delícia!
E no cavalinho pode estar uma parte da solução.
ResponderEliminarSe no cavalinho está em parte a resposta:
ResponderEliminar- Será o retrato de D. João que JP referiu?
Obrigada pelos ensinamentos.
Não, não, pela parte que "me" toca, não é o retrato de D. João Manuel que mencionei(tem ar de ter uns 15 anos).
ResponderEliminarContinuando a restringir palpites, dou pelo menos um: se é infante, estamos no espaço ibérico... ;)
A pessoa retratada tem cerca de 2 anos e meio no retrato.
ResponderEliminarJP acertou no palpite que deu no comentário anterior.
Bom, agora só resta ligar um infante a um cavalo. Não sendo o dito branco de Napoleão, não podendo ser Ricardo III numa premonição de Bosworth,:) eliminando os palpites anteriores da Ana iria por um trágico infante, isto se o não tiver sido sempre no sentido rigoroso do termo.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEscrevi "e no cavalinho pode estar uma parte da solução"; Ana transformou essa frase em: "Se no cavalinho está em parte a resposta" (o que é uma forma menos correcta)...
ResponderEliminarExiste uma diferença entre a primeira e a segunda frase...
A presença do brinquedo é importante, mas não no sentido que JP está a dar. Atenção à moda e em especial à forma da gola da camisa.
Respondendo ao último comentário de JP: é sempre "trágico" quando a parca cumpre o seu dever cedo de mais...
E a pergunta foi formulada desta forma: "E este retrato de Infante quem representa?" (A língua portuguesa (e julgo que é a única da europa) permite-nos isso, não colocar o género)...
A gola é contemporânea da época camoniana. Correcto?
ResponderEliminarParcas podem ser Moiras/mitologia grega...Não conheço nenhum retrato de Camões em criança, por isso excluo...
Mitologia grega há bastante nos Lusíadas. Parca pode ser "Morta"ou "Átropos". Morreu cedo demais...
Podem ser o seguintes filhos de D. João III:
- D. Manuel (n. em Alvito, a 1 de Novembro de 1531; f. em Évora, a 14 de Abril de 1537; sepultado no Mosteiro dos Jerónimos). Nas Cortes celebradas em Évora, no ano de 1535, foi jurado herdeiro da coroa;
- D. Filipe (n. em Évora, a 25 de Março de 1533; f. em 29 de Abril de 1539; sepultado no Mosteiro dos Jerónimos). Por morte de seu irmão D. Manuel foi jurado herdeiro da coroa;
- D. Dinis (n. em Évora, a 6 de Abril de 1535; f. na mesma cidade, a 1 de Janeiro de 1537; sepultado no Mosteiro dos Jerónimos
http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/joao3.html
Haverá mais pistas?
Será que pode dar a solução?
Já ganhou o ponto de vista que era dar-me uma lição. JP foi mais delicado (ele é que poderia estar furioso comigo).
Não sei a resposta pronto!
Parca, deusa da morte, que corta o fio do novelo da vida.
ResponderEliminarAcertou na época da gola da camisa (época camoniana) mas Camões só morreu em 1579 (segundo uns, e segundo uma lápide funerária antiga) ou em 1580 (segundo outros).
O brinquedo "cavalinho" é importante para determinar que é um elemento do sexo masculino.
Ajudo mais, na pintura era Infante, mas antes de morrer era Principe de Portugal.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAcertou também quando diz morreu cedo de mais...
ResponderEliminarNasceu Infante e morreu Principe de Portugal...
Luís Barata pediu para eu instituir um pequeno prémio para quem acertar.
Julgo que agora já é um pouco mais fácil.
Não ajudo mais e dou um livro a quem acertar... até Domingo
D. António Prior do Crato, filho ilegitimo? Cunhou moeda terá sido príncipe?
ResponderEliminarAna
Vai dizer que sou ignorante D. António partiu da Terceira e foi apoiado mas, como ilegítimo, sem ser primgénito, poderei dizer que foi príncipe?
ResponderEliminarVenho só referir a ascendência de D. António prior do Crato
ResponderEliminarfilho do Infante D. Luís e neto de D. Manuel.
Não pode ser ele pois não?
Goze à vontade com a minha cara, Não me IMPORTO.
Claro gostava de ganhar o livro
D.Sebastião, será????
ResponderEliminarEstou ruída de curiosidade, irritada comigo por nãoo descobrir...etc...etc...
15:27
ResponderEliminarescrevi:
Nasceu Infante e morreu Principe de Portugal. LOgo não foi Rei de Portugal.
Continua válida a oferta de um livro, embora a vida d@ descobridor já esteja facilitadissima... A validade desta oferta acaba às 24 horas de Domingo.
ResponderEliminarTem piada. Estava + inclinado para o Príncipe D. Carlos, que nasceu Infante das "Espanhas". Mas se é português (e este Príncipe D. Carlos teria sido o nosso D. Carlos I, caso tivesse sobrevivido a D. Sebastião), não vejo grande alternativa ao D. João Manuel, que a Ana, faz tempo, tinha indicado. Logo, se não é D. João Manuel, na 2.ª metade do séc. XVI, como parece pelo traje, não vejo alternativa (não fora o D. Filipe, tb citado pela Ana, mas com idades que não parecem compatíveis com o quadro - tinha que ter menos de 4 anos) para um Infante que morreu Príncipe de Portugal. Suponho que falamos de Príncipe em sentido próprio, isto é de herdeiro do Rei, publicamente reconhecido como tal (tem piada, agora vejo que o Cardeal-Rei nunca foi Cardeal-Príncipe, apesar de ser o n.º 1 na linha de sucessão, ao contrário, por exemplo, do Infante D. Fernando antes do nascimento do sobrinho/a).
ResponderEliminarCaro JP e Ana
ResponderEliminarConfirmo que quando utilizei a expressão "Principe de Portugal" foi no sentido de ser herdeiro de Rei e reconhecido como tal.
E esta ajuda anterior já não a deveria de ter dado.
ResponderEliminarOra, ora, a ajuda anterior é apenas a garantia de que falou com propriedade quando dizia que era príncipe de Portugal.
ResponderEliminarEliminemos então:
D. Manuel I só teve dois príncipes, que aliás já nasceram com essa qualidade. Mas tb nunca poderia este P. ser D. Miguel da Paz ou o futuro D. João III.
D. João III, a coisa é mais complexa, mas temos que avançar...
D. Sebastião não teve príncipe, enquanto tal. O Cardeal foi Infante até Agosto de 1478 e o outro incontestável herdeiro era simplesmente o Senhor D. Duarte.
Assim sendo, para a frente é que é o caminho e a coisa parece bem resolvida se o Infante, embora morto príncipe de Portugal, nunca tiver sido infante de Portugal, mas sim das "Espanhas".
Assim sendo, e a cara é habsburguiana, poderia ser D. Diego, filho de D. Filipe I de Portugal, n. em 1575 e tornado herdeiro do trono em 1578, pela morte do irmão mais velho, Fernando.
D. Diego que, Príncipe das Astúrias então, só morreu em 1582, assim ainda podendo "beneficiar" das promessas das cortes de Tomar.
Se não for assim, desisto! :)
Está certo é D. Diego Félix de Áustria, terceiro filho do casamento de Filipe II e de Ana de Áustria, nasceu infante (pois estava vivo o seu irmão Fernando) e foi jurado herdeiro de Portugal..
ResponderEliminarDepois faço a entrega do livro.
Obrigado a todos...
Esqueceu-me de dizer que o pintor foi Sanchez Coello Alonso (1531-1588), que o quadro está assinado e datado, de 1577, e que se encontra em Madrid, numa Colecção Particular.
ResponderEliminarE, já agora, parabéns ao seu proprietário.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarUma gralha no comentário das 20:17 transformou 1578 em 1478. Todos nós temos um grande bando desses passarões no quintal. A razão de existirem alguns comentários eliminados ficou-se a dever apenas à revoada...
ResponderEliminarBem me parecia que conhecia a cara,
ResponderEliminarvi-o nas Descalzas Reales!
Ah não, como não me fui lembrar?
Parabéns JP ganhou o livro.
Só uma pequena correcção:
ResponderEliminar- Nas Descalzas existe um quadro dos infantes "D. Diego y D. Filipe" de Alonso Sanchez Coello.
1478? Glups! Agora é a Ana que pode tirar desforra da minha correcção no C Verde. :)
ResponderEliminarÉ curioso como a propaganda nos molda tanto: eu que me gabo de um conhecimento genealógico da família real portuguesa razoável, tenho um buraco negro entre 1580 e 1640... se calhar imerecido, até de um ponto de vista patrioteiro.
Bom, venham + desafios! It was fun! Obrigado!
Entretanto, isto pôs-me a pensar: e se o senhor D. Duarte tivesse vivido só mais quatro anos? Teria sucedido incontestavelmente a seu tio D. Henrique. E, depois, claramente que seria a irmã, D. Catarina, ou o sobrinho de Parma a recolher a herança, estando sempre um e outros em larga vantagem face a D. Filipe. Enfim, isto de ir pelos ses é como prever a próxima imagem de um caleidoscópio.
Bon voyage ao desafiante! Entretanto, tb vou uma semana de férias.