quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ser e parecer

A RTP tem dois comentadores políticos residentes, que debitam semanalmente as suas opiniões. Marcelo Rebelo de Sousa ao domingo, coadjuvado por Maria Flor Pedroso, e António Vitorino à segunda, secundado por Judite de Sousa. Conhecemos há muitos anos as filiações políticas de um e de outro, mas tal não tem impedido uma relativa equidistância de ambos, como se espera de um tal formato de comentário, relativamente aos partidos em que militam. E tudo ia bem.
Ora, recentemente António Vitorino foi nomeado coordenador do programa eleitoral do PS para as legislativas, o que implica obviamente uma relação mais estreita entre ele e o partido nos próximos meses, e até certamente uma maior visibilidade mediática atentas as funções.
Será legítimo que Vitorino continue a opinar na RTP como dantes? Não me parece. E os partidos que já se queixaram, penso que todos menos o PS, têm razão.

2 comentários:

  1. Concordo em absoluto com o Luís, acho que a dignidade deveria falar mais alto e o afastamento seria uma atitude bonita.
    Nem sempre vejo mas gosto de ver estes dois programas.
    Apesar de não ter as mesmas opiniões de Marcelo Rebelo de Sousa gosto do espírito aguçado e brilhante que o caracteriza...e às vezes comungo das suas ideias. Quanto ao António Vitorino também é um homem inteligente e por vezes concordo com as suas ideias, mas, apesar de me considerar de esquerda, ele não é dos que mais aprecio.
    A.R.

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  2. Não concordo nada. Há muita gente que não é filiada em partidos e não tem nenhuma independência de espírito, ao contrário do António Vitorino. O ser do PS não lhe tolda o raciocínio.
    E o que acrescenta ele ser o coordenador do programa de governo desse partido? Estas questões só se colocam quando se trata de pessoas do Partido Socialista.
    Não estejam para aí a pensar que tenho alguma procuração do PS... Gosto do António Vitorino. E não me esqueço do modo como o Durão Barroso o "defendeu" para o cargo de presidente da União Europeia...
    Gosto de pessoas com independência de espírito, independentemente do partido a que pertencem. Ou não pertencem.

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