De repente salpiquei para fora do copo de água
um mapa do quotidiano.
Mostrei num prato de geleia
as oblíquas maçãs do rosto do oceano.
Nas escamas de um peixe de ferro branco
li o pelo de lábios novos.
E tu,
poderias tu
tocar um nocturno
com uma flauta das goteiras?
1913
Maiakovski
In: 33 poemas / trad. Adolfo Luxúria Canibal. Vila Nova de Famalicão: Quasi, 2008
Gosto muito dele. Fiquei foi admirado com o tradutor, mais conhecido das andanças musicais como já se viu aqui no blogue.
ResponderEliminarPois é! Há uns tempos também li um prefácio que ele fez a Os cantos de Maldoror. Acho que numa tradução do Pedro Tamen. Devo dizer que gostei bastante. E soube desta sua vertente porque vi uma entrevista na tv - na Câmara Clara?
ResponderEliminarDEDUÇÃO
ResponderEliminarNão acabarão nunca com o amor,
nem as rusgas,
nem a distância.
Está provado,
pensado,
verificado.
Aqui levanto solene
minha estrofe de mil dedos
e faço o juramento:
Amo
firme,
fiel
e verdadeiramente.
Maiakovski
(retirado da net)