A polémica continua a perseguir as obras do Terreiro do Paço. Primeiro foi o modelo de circulação que a edilidade lisboeta concebeu para a baixa pombalina e que indignou personalidades e instituições de peso neste país. Mas as obras lá prosseguem e hoje o jornal i dá conta dos efeitos nocivos que aquelas obras estão a causar ao Martinho da Arcada, o café mais antigo de Lisboa. Segundo um dos proprietários, a circulação de autocarros (150 por hora) mesmo em frente à esplanada está a ser uma séria ameaça aos 159 anos de história do café "que foi palco de conspirações liberais e a segunda casa de escritores conceituados", tendo em Fernando Pessoa a figura mais emblemática. Quanto à clientela do Martinho essa já sofreu uma baixa que ronda os 50% e na esplanada ainda são os turistas quem estoicamente suporta o ruído infernal e as lufadas de poluição emitidas pelos autocarros que transitam na Rua da Alfãndega. Perante esta ameaça os proprietários do Martinho da Arcada estão confiantes numa solução que não pode tardar muito mais. Concluindo: assim vai o cartaz turístico da capital...
Por acaso ainda no outro dia estive na esplanada do Martinho da Arcada com uma amiga minha, num dia de semana, e achei o som era bastante menos ensurdecedor do que há anos. Há anos estive um dia na esplanada e não conseguia ler, com o barulho dos eléctricos, carros, etc.
ResponderEliminarM.
Mesmo acreditando que tive sorte durante a hora e tal que ali estive, qual é a alternativa? É não afzer obras?
ResponderEliminarM.