John Constable, View over a Valley, Probably Epsom Downs circa 1806
Pencil and watercolour on paper
Soneto VIII da série “A Ideia”
Lá! Mas aonde é lá? aonde? – Espera
Coração indomado! O céu, que anseia
A alma fiel, o céu, o céu da Ideia,
Em vão o buscas nessa imensa esfera!
O espaço é mudo: a imensidade austera
Debalde noite e dia se incendeia…
Em nenhum astro, em nenhum sol se alteia
A rosa ideal da eterna primavera!
O Paraíso e o templo da Verdade,
Ó mundos, astros, sóis, constelações!
Nenhum de vós o tem na imensidade…
A Ideia, o sumo Bem, o Verbo, a Essência,
Só se revela aos homens e às nações
No céu incorruptível da consciência!
Antero de Quental, Sonetos: Lisboa: Porto Editora, ( Introdução e notas de Emanuel Paulo Ramos), 1978, p. 106.
Lá! Mas aonde é lá? aonde? – Espera
Coração indomado! O céu, que anseia
A alma fiel, o céu, o céu da Ideia,
Em vão o buscas nessa imensa esfera!
O espaço é mudo: a imensidade austera
Debalde noite e dia se incendeia…
Em nenhum astro, em nenhum sol se alteia
A rosa ideal da eterna primavera!
O Paraíso e o templo da Verdade,
Ó mundos, astros, sóis, constelações!
Nenhum de vós o tem na imensidade…
A Ideia, o sumo Bem, o Verbo, a Essência,
Só se revela aos homens e às nações
No céu incorruptível da consciência!
Antero de Quental, Sonetos: Lisboa: Porto Editora, ( Introdução e notas de Emanuel Paulo Ramos), 1978, p. 106.
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