sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Jorge de Sena versus Alberto Soares


O Diário de Notícia de hoje fala das centenas de cartas que existem, ainda inéditas, de Jorge de Sena que permitem o conhecimento do Homem no seu todo. Na verdade raras são as cartas que foram escritas para serem publicadas. Assim, numa carta escreve-se, ou escrevia-se, hoje quase já não se escrevem cartas, aquilo que nos vai na alma e queremos compartilhar com o outro.
Mas se muitas estão inéditas deve-se exactamente a Mécia de Sena que as não deixou publicar.
O poeta e amigo Alberto Soares também se correspondeu com o poeta e ensaísta. Aqui fica um e-mail que o Prosimetron recebeu:
Regressado a Lx., como Jorge de Sena o fará em breve, postumamente, pensei facultar ao PROSIMETRON - para sublinhar o facto - via o meu Amigo, uma carta (de uma brevíssima correspondência) do Poeta.
A carta não é inédita (foi publicada,por mim,com pequenas notas, no Jornal de Letras & Letras, do Porto, em Abril de 1990, com "nihil obstat" de Mécia de Sena), mas é com certeza pouco conhecida - aliás, Jorge Fazenda Lourenço teve a "distracção" de não a incluir no seu trabalho sobre a correspondência de e para J. de S..
A história conta-se em 2 penadas. Quando saíu, do Cavafy, na INOVA, os "90 e MAIS QUATRO POEMAS" traduzidos por Jorge de Sena, eu, que já estava alertado (por artigos anteriores do poeta de "AS EVIDÊNCIAS"), deparei com duas lacunas na bibliografia das traduções e escrevi-lhe a informá-lo. Essa irreverência minha de juventude, mereceu-me uma amável resposta. E, ainda, uma segunda carta. Mécia de Sena pediu - a instância minha- que não fosse publicada a primeira, por razões que se prendiam com as polémicas do acordo ortográfico. A primeira carta é bem mais humorada e menos dramática do que a segunda que, agora, enviamos.
Se achar que vale apena incluí-la no PROSIMETRON, faça favor.
Cordialmente,
Alberto Soares.




(Clicando na imagem a carta fica com o formato de leitura, obrigado)

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