Segundo, embora o primeiro só de raspão o tenha sido.
Ainda com o pretexto de Goya, desde que vi esta gravura, há longos anos no Prado, que a considerei como um proveitoso memento para muito genealogista.
O detalhe heráldico de igual modo se não perde. Mas vê-se?
Ainda com o pretexto de Goya, desde que vi esta gravura, há longos anos no Prado, que a considerei como um proveitoso memento para muito genealogista.
O detalhe heráldico de igual modo se não perde. Mas vê-se?
Note-se que uma leitura mais imediata desta escolha temática poderá não ser a mais acertada, isto quanto ao posicionamento de Goya nos seus cultos familiares.
O Justicia de Aragón, instituição homóloga do nosso Provedor de Justiça nesta região autonóma espanhola, editou recentemente uma reprodução, acompanhada do estudo devido, de um documento com teor heráldico e genealógico emitido a pedido e em nome do filho do Pintor, assim revelando dados sobre a sua família.
Poderão ver a notícia em
http://www.eljusticiadearagon.com/index.php?zona=actos&id=74
e um pequeno comentário em
http://www.lukor.com/ciencia/noticias/portada/09052632.htm
Se também somos o que (por outros) fomos, aqui estará mais uma chave para desvendar outras perspectivas da obra daquele que se qualifica como “una seña de identidad de Aragón”-
Não deixa de ser significativo que esta edição surja de instituição que, moderna e dotada de inteira legitimidade democrática, sofregamente se acolhe cumulativamente à legitimidade tradicional da cadeia de Justicias, que, desde que em Portugal reinava D. Sancho I, defenderam os fueros y libertades dos aragoneses, tragicamente pontuada em 1591 pela execução do seu titular de então, Juan de Lanuza. Ou seja, por outra “seña de identidad” da actual expressão da antiga coroa de Aragão no nosso vizinho peninsular.
O Justicia de Aragón, instituição homóloga do nosso Provedor de Justiça nesta região autonóma espanhola, editou recentemente uma reprodução, acompanhada do estudo devido, de um documento com teor heráldico e genealógico emitido a pedido e em nome do filho do Pintor, assim revelando dados sobre a sua família.
Poderão ver a notícia em
http://www.eljusticiadearagon.com/index.php?zona=actos&id=74
e um pequeno comentário em
http://www.lukor.com/ciencia/noticias/portada/09052632.htm
Se também somos o que (por outros) fomos, aqui estará mais uma chave para desvendar outras perspectivas da obra daquele que se qualifica como “una seña de identidad de Aragón”-
Não deixa de ser significativo que esta edição surja de instituição que, moderna e dotada de inteira legitimidade democrática, sofregamente se acolhe cumulativamente à legitimidade tradicional da cadeia de Justicias, que, desde que em Portugal reinava D. Sancho I, defenderam os fueros y libertades dos aragoneses, tragicamente pontuada em 1591 pela execução do seu titular de então, Juan de Lanuza. Ou seja, por outra “seña de identidad” da actual expressão da antiga coroa de Aragão no nosso vizinho peninsular.
Gosto do desenho e da simbologia que retiro dela.
ResponderEliminarJá agora, qual é a sua interpretação da gravura?
Ana
Tradicionalmente, a leitura antinobiliarquista é a preferida. Por mim, acho que Goya sublinhava a inutilidade, por si só, dos méritos herdados (quer num sentido jurídico ou patrimonial, quer num sentido genético), tão logo se não concretizem em próprios. Um discurso que ainda é "actual", designadamente em muitas "genealogias-genealogices" pode naturalmente levar a uma sucessão de burros mas também a uma sucessão de, sei lá, imagine um animal com simbologia mais positiva, um mocho, por exemplo :)
ResponderEliminarAs armas, com um burro passante, são do mais simbólico daquele clima intelectual contra o qual reagiu um insigne republicano, aliás presidente da assembleia constituinte de 1911, mas que ainda hoje tem bastantes herdeiros.
Em matéria de burros, voltarei à carga.
Bom sábado a todos!
Obrigada pela sua abordagem o sentido que lhe atribuía era semelhante!
ResponderEliminarBom sábado:)
Ana
Parabéns pela escolha! Mostra que consegue "brincar" com o que mais gosta.
ResponderEliminarJAD, a maior autoridade que até agora existiu em heráldica eclesiástica, aliás tb artista de elevado mérito, tinha (já morreu, infelizmente) um sentido de humor com estas coisas que só um suiço pode ter!
ResponderEliminarQue burrinho mais querido. E que delícia de árvore genealógica. Nunca tinha olhado para este desenho com olhos de ver. Gracias!
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