quarta-feira, 7 de outubro de 2009

[O rio passa...]

O rio passa, passa
e nunca cessa.
O vento passa, passa
e nunca cessa.
A vida passa:
nunca regressa.

Poema azteca
Trad. Herberto Hélder

In: Rosa do mundo. Lisboa: Assírio & Alvim, 2001, p. 140

4 comentários:

  1. Pena é que os poemas de Herberto Helder sejam normalmente longos e,que nos excertos,se perca o sentido geral. Que é um encantamento crescente e envolvente que vem da leitura e nos leva até" paisagens" desconhecidas.Mas não quero deixar de saudar este "mudar de rosa"-como chamava o Eugénio de Andrade às traduções em Poesia. Obrigado.

    Alberto Soares

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  2. Alberto Soares,
    Porque não partilha connosco alguma da poesia que prefere? Todos (acho que posso falar por todos) gostaríamos. O Jad poderá fazer de intermediário.
    Obrigada.

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  3. Agradeço o seu tentador e amável convite. O gosto de cada um,em poesia, é sempre muito peculiar. Por outro lado,não sei se JAD estará disposto a ser Mercúrio,embora por ascendente astrológico o pudesse ser. Deixe-me reflectir algum tempo.Deixo-a com um dos poemas, de Eugénio de Andrade,de que mais gosto(e que não é dos mais citados):
    "QUASE NADA
    Passo e amo e ardo.
    Água? Brisa? Luz?
    Não sei. E tenho pressa:
    Levo comigo uma criança
    que nunca viu o mar."

    Cordialmente,
    Alberto Soares

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