quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A T H E N A 3.

Termino com este excerto da introdução da revista ATHENA (1924), o conjunto de posts dedicados a Fernando Pessoa que com esta revista matava as saudades do vanguardismo expresso na revista Orpheu.
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"Se é licito que aceitemos que a alma se divide em duas partes - uma como material, a outra puro espírito -, diremos, de qualquer conjuncto ou homem hoje civilizado, que deve a primeira à nação que é ou em que nasceu, a segunda á Grécia antiga. Exceptas as forças cegas da Natureza, disse Sumner Maine, tudo, quanto neste mundo se move, é grego em sua origem.
Estes gregos, que ainda nos governam de além dos proprios tumulos desfeitos, figuraram em dois deuses a producção da arte, cujas fórmas todas lhes devemos, e de que só não crearam a necessidade e a imperfeição. Figuraram em o deus Apollo a liga instinctiva da sensibilidade com o entendimento, em cuja acção a arte tem origem como belleza. figuraram em Athena a união da arte e da sciencia, em cujo effeito a arte (como tambem a sciencia) tem origem como perfeição".
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"Athena Revista de Arte", Outubro de 1924, Vol I, nº1 p. 5. (Edição facsimilada)

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