sábado, 7 de novembro de 2009

Coisas do Direito - 13

Já é antiga a controvérsia acerca dos crucifixos nas escolas, designadamente nas salas de aula. Esta semana, após a decisão de terça-feira do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem que se pronunciou contra a existência de crucifixos nas salas de aula na sequência de uma queixa proveniente de pais italianos, a questão voltou a ser debatida também entre nós.
Alguns agrupamentos de escolas já manifestaram a intenção de remover os crucifixos, no sentido de prevenir queixas, enquanto que uma das organizações nacionais de pais recomendou que não houvesse precipitação e que se aguardasse pela existência de queixas formais para que os mesmos fossem retirados.
Parece-me a mim que também não será caso de uma massiva retirada dos crucifixos das salas de aulas portuguesas que ainda os tenham, a grande maioria no interior do país como se sabe,
devendo ser tomada tal decisão quando existam efectivamente queixas formais por parte dos encarregados de educação.

E que pensam os demais prosimetronistas desta questão?

6 comentários:

  1. Um dos motivos que levou os pais italianos a formalizar a queixa terá sido o "perigo" dos filhos sofrerem traumas ao ver o crucifixo. Enfim, o que comentar? Gerações de alunos, eu incluindo, viram o crucifixo nas escolas. Advieram traumas daí? Ainda que eu entenda a decisão como sinal de separação entre religião e Estado, bem como de tolerância e neutralidade para com outras religiões, assiste-se a mais um passo do Ocidente em direcção a um ambiente generalizado de indiferença total em relação às nossas raízes religiosas e culturais. Enfim, o que comentar?

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  2. Sou pela retirada dos crucifixos, como de quaisquer outros símbolos religiosos.
    A resposta que o Luís esperava, não é verdade?

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  3. E não me parece que isto seja uma questão de hoje, tem a ver com a função do Estado e a separação de poderes.

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  4. Cara M.R. : Então presumo que também seja contra o tchador nas escolas? É que me incomoda mais o não ver a cara de quem estou a ensinar ou que está na carteira ao meu lado do que um cricifixo na parede...
    De qualquer modo, eu dei a minha opinião: - não sou contra a retirada dos crucifixos, mas prefiro que esta seja feita perante um pedido dos encarregados de educação.
    Não entro numa sala de aulas do básico ou do secundário há muitos anos, mas presumo que sejam já poucas as que têm crucifixos na parede.
    Defendo rigorasamente a separação da Igreja e do Estado.

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  5. Em princípio numa sala de aula existem pessoas de várias religiões e sem religião. Sou contra os símbolos colocados nas salas de aula, não contra os que cada pessoa usa.
    Não tenho uma posição muito definida em relação à proibição de uso de tchador, etc., como acontece nas escolas francesas, porque isso pode isolar e fechar em guetos esses miúdos.
    Só me pronunciei porque o Luís perguntou qual a posição dos demais prosimetronistas. Senão, não o teria feito.

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  6. A escola pública é laica e como tal se deve comportar. Tal como o Estado que a sustenta.
    E as Igrejas que superintendam nas suas escolas e nos seus rebanhos. Aí só entra quem quer.
    O Estado é de todos e a escola pública é para todos.

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