A 12 de Novembro, de 1991, as tropas indonésias dispararam contra timorenses no cemitério de Santa Cruz, em Dilí, durante uma homenagem fúnebre a um jovem abatido por soldados indonésios. Calcula-se que morreram mais de duzentas pessoas. Faz hoje 18 anos! Deixo o Kyrie de Vivaldi para louvar os que morreram e morrem a lutar pela liberdade e auto-determinação.
Uma homenagem aos que padeceram no massacre, fotografia de Charles Scheiner em 2005.
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Há já 18 anos!
ResponderEliminarEstive, há 5 anos, em Santa Cruz. Todo o espaço é bastante mais pequeno do que a ideia com que tinha ficado do famoso filme. Ao contrário do que esperava, a recordação de 1992 foi superada pela angústia que senti ao ver tanta campa, anarquicamente colocada, de crianças, de poucos anos ou meses, tradução clara da mortalidade infantil que infelizmente não desapareceu nestes 18 anos.
ResponderEliminar18 anos sim.
ResponderEliminarNunca estive em Santa Cruz mas gostava de visitar, talvez porque os portugueses passaram por ali.
Ana, Timor nesse aspecto é engraçado, porque muito pouco tem de vestígios patrimoniais portugueses, aliás vestígios materiais. O reconhecimento do que nos é familiar ocorre num nível praticamente imaterial, a começar pela língua.
ResponderEliminarAgora, em termos de nos recordarmos que nem tudo foram rosas, quer então, quer em tempo de ocupação japonesa ou indonésia, o cemitério de Santa Cruz disse-me menos do que, por exemplo, a exemplarmente restaurada cadeia "comarca", onde funcionava então (ainda funciona?) a Comissão de Verdade e Reconciliação. Ali, nos grafitos dos presos, na cela disciplinar, até no contacto com pessoas que ali estiveram detidas, tudo fica mais presente.